O projeto considera um prazo de sete anos para a entrega de todas as obras concluídas. “Começando as obras em 2025, em 2032 estaremos com o sistema completamente operante”, afirma João Luiz Demantova, responsável técnico pelo Promobis.

Atualmente, a conexão entre as cidades é feita com ferryboats que cruzam o rio. Mas, pelo próprio modelo do serviço com capacidade limitada, o cruzamento enfrenta grandes filas e longos tempos de espera entre um ponto e outro. “É um problema muito complexo, principalmente quando tem algum obstáculo na BR-101, porque os carros começam a desviar por dentro da cidade para atravessar”, explica Demantova.

“Como acontece em outras grandes regiões metropolitanas, as pessoas residem em um município e acabam, por exemplo, trabalhando em outro”, explica. Segundo o diretor, a região é marcada pela conurbação das cidades, que gera deslocamentos intermunicipais cotidianamente, também afetando as vias de tráfego na região.

Investimentos

O orçamento previsto para a execução do projeto e implantação das obras é de U$ 120 milhões, cerca de R$ 780 milhões em conversão atual, apenas do setor público. Desde 2021, o Banco Mundial também passou a financiar o projeto. 

De acordo com João Luiz Demantova, o ciclo dentro do Banco Mundial tem seis fases e o projeto se encontra na quarta etapa. “Na quarta fase já estamos com as minutas contratuais prontas, negociadas e aprovadas pelo banco, pelo governo federal – que é o garantidor de toda operação de crédito externo -, e pelo mutuário, que é o consórcio intermunicipal”, explica. 

Conforme o responsável técnico pelo projeto, o financiamento do Banco acontece depois deste fluxo. “Assinado o financiamento, que deve acontecer até março ou abril deste ano, nós esperamos que até maio ou junho, já estejamos em processo de execução dos projetos”, afirma. 

Projeto de mobilidade 

A construção do túnel submerso é a segunda das três ações envolvidas no grande projeto de mobilidade urbana proposto pelo Cimamfri. Além do túnel, o Promobis pretende implementar o Sistema de Transporte Coletivo Regional  (STCR) e o plano de Mobilidade Ativa e Micromobilidade Elétrica em Balneário Camboriú (Mobilidade BC).

O STCR, por exemplo, está projetado para funcionar como um sistema de transporte tronco alimentado, composto por 3 subsistemas e 2 linhas pontuais. Os municípios deverão fazer os sistemas alimentadores. De acordo com Demantova, o sistema central já deverá começar na modalidade de BRT desde o início da implantação, com veículos elétricos. A frota prevista contém 70 ônibus e também se beneficiaria das faixas exclusivas presentes no túnel submerso.

Já para o plano Mobilidade BC, o projeto prevê desenvolver uma série de obras de urbanização de vias, construção de ciclovias, implementação de uma infraestrutura de eletromobilidade e desapropriações pela cidade. Conforme o texto, o objetivo final é incentivar os deslocamentos a pé, de bicicleta e de veículos elétricos leves, como patinetes e bicicletas.