Os resultados ajudam a traçar o perfil de quem usa esse meio de transporte: 25% dos entrevistados não tinham a carteira nacional de habilitação (CNH), ao passo que o tempo médio de habilitação de quem portava a licença era de 12 anos.

A pesquisa também revelou que cerca 20% das pessoas haviam ingerido álcool ou drogas e 80% utilizam a moto no dia a dia, o que vem ao encontro do dado de que 44% dos brasileiros adotam a motocicleta como meio de transporte em suas jornadas diárias.

“Estamos realizando a mesma pesquisa em capitais como São Paulo e Fortaleza (CE) – uma das cidades com mais solicitações de viagens –, como ferramenta de educação e conscientização de motociclistas parceiros e usuários dos nossos serviços. Queremos ampliar esse material educativo e deixá-lo à disposição da sociedade”, afirma Laura Lequain, head de Uber Moto no Brasil.

O empenho da Uber em discutir pautas de segurança é tão relevante que a empresa prepara conteúdos sobre educação no trânsito ao lado do Observatório Nacional de Segurança Viária, que serão encaminhados aos motoristas parceiros de automóveis e de motos.

O material inclui temas como as melhores práticas no trânsito, dicas de condução segura principalmente com passageiros na garupa e manutenção da motocicleta.  “Identificamos as principais dúvidas e contamos com o suporte de especialistas para elaborar esse pacote educativo focado na mobilidade”, diz Lequain.

Segurança aprimora o transporte

Outro forte aliado da Uber para enfatizar a segurança é a tecnologia. O Brasil ganhou o primeiro Centro de Tecnologia da companhia na América Latina, inaugurado em 2018. Localizado em São Paulo, o Tech Center é um hub de desenvolvimento de inovações. “Até hoje, foram investidos R$ 250 milhões no local, mas o plano é aportar mais R$ 1 bilhão até 2030”, destaca Lequain. Atualmente, 450 profissionais de engenharia trabalham no Tech Center, e deve aumentar para cerca de 600 até o fim do ano.

O Centro de Tecnologia já executou projetos como o U-Check, que faz a verificação de motoristas e usuários; o U-Audio, que oferece a possibilidade de gravar os áudios durante os percursos; e o Uber Teens, recurso que permite aos jovens criar uma conta no aplicativo da empresa, vinculada ao perfil do responsável.

A selfie de capacete é, igualmente, um recurso importante em prol da segurança. Ela serve para confirmar se o motociclista está mesmo usando o equipamento obrigatório antes de iniciar a viagem. Checklist de segurança, alertas de velocidade em tempo real, seguro para acidentes pessoais e suporte 24 horas são outras ações adotadas pela empresa no sentido de aumentar a segurança de motorista e passageiro e contribuir com a menor incidência de acidentes no trânsito, beneficiando todo o ecossistema viário.

A Uber se vale de uma série de parcerias para disseminar a segurança e educação no trânsito. Em parceria com a Honda, a empresa já promoveu conteúdos educativos e treinamentos presenciais, sendo a fabricante de motocicletas uma aliada em multiplicar esse tipo de informação. 

O reconhecimento por todo esse trabalho veio em fevereiro passado, quando a Uber recebeu a classificação máxima de três estrelas no Índice de Segurança Viária, concedida pela Fédération Internationale de l’Automobile (FIA), destacando-se como líder global em segurança no trânsito.

Trata-se de uma auditoria independente que avalia o desempenho das empresas com atividades ligadas ao transporte. Ela leva em conta critérios como gestão de riscos, políticas de prevenção, inovações tecnológicas e impacto geral na segurança viária.