Proibido por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) desde 2022, o uso de pneus reformados em motos ainda é prática comum no Brasil, alertam os fabricantes de pneumáticos. De acordo com a Anip, associação do setor, “a prática coloca em risco a segurança de motociclistas, que podem sofrer graves acidentes com o uso deste tipo de pneu”.
A proibição engloba a reforma dos pneus de motos tanto por recapagem, recauchutagem ou qualquer outro processo de reaproveitamento. Reprovados pelas autoridades desde o início dos anos 2000, a proibição aos pneus reformados ou remoldados foi reforçada em 2022. A Resolução 913, do Contran, de 28 de março de 2022, estendeu o prazo da proibição do uso de pneus reformados em veículos automotores de duas ou três rodas (motocicletas, ciclomotores, motonetas e triciclos).
O uso de pneus reformados em motocicletas é infração grave, punida com multa de R$ 195,23 e perda de 5 pontos na carteira. Ou seja, além de ser um risco à segurança, a prática é ilegal, e, também, pode causar penalidade aos condutores, reforça a entidade.
Segundo a Anip, até mesmo as oficinas que realizam o serviço podem ser responsabilizadas judicialmente em caso de acidentes
De acordo com a entidade, os pneus reformados para motos podem apresentar deformações durante o uso. Com isso, reduzem a aderência, a estabilidade, o conforto e a eficácia da frenagem. Dessa forma, os pneus reformados comprometem a segurança dos motociclistas.
Com uma área de contato reduzida com o solo e submetidos a forças laterais em curvas e frenagens, os pneus de moto precisam ter sua estrutura íntegra. Qualquer falha, como o descolamento da banda de rodagem, pode causar perda imediata de aderência, resultando em acidente grave.