Quando estão danificadas, as palhetas dos limpadores de para-brisa não perdem apenas a eficiência na hora de remover a sujeira dos vidros como também podem riscá-los, comprometendo ainda mais a visibilidade e segurança no trânsito. Por isso, é preciso cuidar bem do equipamento.
“Não há um prazo específico para a substituição das palhetas do veículo, pois as condições de uso são determinantes para a conservação e o bom funcionamento do acessório”, explica Jairo de Lima Souza, professor de engenharia mecânica automobilística do Centro Universitário FEI.
Existem, basicamente, dois tipos de palhetas: as convencionais, com estrutura externa de plástico ou metal, para apoiar a tira de borracha sobre o para-brisa, e as “aerowisher“, mais modernas, que integram a estrutura à própria borracha.
Para conservar as palhetas, é preciso inspecioná-las regularmente, ainda mais em períodos de estiagem. “Sem chuvas, as palhetas ficam muito tempo na mesma posição e acumulam sujeira e poeira”, afirma o professor. “Se forem acionadas por acidente, ou sem o esguicho de água, elas poderão causar pequenos riscos no para-brisa.”
Os automóveis que rodam constantemente em vias não pavimentadas e que são expostos a chuvas frequentes e alta incidência de raios UV provavelmente apresentam maior desgaste da borracha por conta do envelhecimento causado pelo atrito entre a palheta e a poeira grudada no para-brisa.
Souza dá outro exemplo da deterioração da borracha dos limpadores: “Os motores a combustão produzem vapores de óleo em seu escapamento. As borrachas têm sua vida útil encurtada se mantiverem contato frequente com esses vapores.”
Se os limpadores deixarem os vidros ainda mais engordurados, em vez de limpá-los, então, está na hora de trocá-los. “Nesse momento, recomenda-se o uso de marcas conhecidas no mercado, com selo do Inmetro, e não os genéricos”, afirma.
Para evitar que as borrachas do limpador fiquem ressecadas, procure estacionar o carro em locais com sombras. Se isso não for possível, use proteções contra os raios UV, como cobertura do para-brisas e das palhetas. Além disso, mantenha o para-brisa limpo de poeira e gordura.
No entanto, não basta manter as palhetas limpas. É preciso deixar o reservatório do esguicho abastecido. Segundo o professor, “não é recomendado que os motoristas façam a lavagem dos para-brisas nos semáforos, porque não sabemos a procedência dos produtos que estão sendo utilizados”.