As diferenças no custo entre carros a combustão, híbridos e elétricos

Em termos de custos operacionais, os veículos elétricos apresentam vantagens significativas. Crédito: Getty Images

Há 3h - Tempo de leitura: 2 minutos, 56 segundos

Ao realizar uma análise comparativa entre veículos a combustão, híbridos e elétricos, é essencial considerar não apenas o custo inicial de aquisição, mas também todos os valores associados à operação e à utilização do automóvel ao longo de sua vida útil.

“Essa avaliação, amplamente reconhecida no setor como Custo Total de Propriedade (TCO, na sigla em inglês), engloba despesas relacionadas a combustíveis, manutenção, seguros e tributos”, afirma Edgar Barassa, professor da pós-graduação de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

A despeito de montadoras como a BYD cobrarem preços bem mais competitivos em alguns modelos vendidos no Brasil, o custo de aquisição de um veículo elétrico, atualmente, pode ser entre 1,5 e duas vezes superior ao de um similar com motor a combustão. Mas isso se considerarmos o mesmo porte e nível de equipamentos.

Essa diferença ainda é atribuída ao custo elevado das baterias, que pode representar de 50% a 60% do valor total do veículo elétrico.

“As baterias de íons de lítio, predominantes nos automóveis elétricos, são tecnologicamente avançadas e demandam insumos minerais específicos. Por exemplo: lítio, cobalto e níquel, cuja extração e processamento encarecem significativamente o produto final”, diz o docente.

Em termos de custos operacionais, os veículos elétricos apresentam vantagens significativas, com despesas de manutenção de 30% a 50% menores em comparação às dos modelos convencionais.

Afinal, eles não precisam de itens de exaustão ou trocas frequentes de óleo. Além disso, o desgaste dos freios é inferior, em razão da tecnologia de regeneração de energia e parada gradual do veículo quando o motorista tira o pé do acelerador.

Quilômetro rodado

A maior eficiência energética do carro elétrico (90% ante 40% do similar com motor a combustão) contribui para reduzir o custo por quilômetro rodado.

Em média, um carro movido a bateria gasta 150 kWh e a conta do consumo varia de acordo com a região e os horários da recarga.

O valor aproximado é de R$ 0,60 a R$ 1, fazendo o custo mensal de energia elétrica ficar entre R$ 90 e R$ 150. Um automóvel abastecido com gasolina, por exemplo, pagará aproximadamente R$ 600, levando em conta um modelo que roda 10 km/l.

Incentivos fiscais e subsídios promovidos por políticas públicas também ajudam a baratear o custo total de propriedade, como isenção do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aplicada em alguns Estados do País.

“A economia operacional de veículos elétricos aumenta proporcionalmente à quilometragem rodada, amortizando o impacto inicial de aquisição ao longo do tempo”, destaca.

Essa característica torna o elétrico particularmente vantajoso para frotas de utilização intensiva ou aos usuários que percorrem grandes distâncias regularmente, equilibrando o custo total em comparação aos veículos a combustão.

Nos modelos híbridos, a bateria entra em ação em determinadas situações. Mas é o trabalho do motor a combustão que prevalece. Então, rodando na cidade, o híbrido apresenta uma economia de 25% a 30% no consumo de combustível.

São veículos mais econômicos em comparação aos de combustão. Entretanto, os custos de manutenção são praticamente iguais aos dos automóveis tradicionais, pois trazem os mesmos componentes e sistemas.

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