Produção de bicicletas no Brasil caiu 23,7% em 2023
Setor de bicicletas elétricas manteve crescimento com 6,2% no último ano
2 minutos, 13 segundos de leitura
16/01/2024
Por: Redação Mobilidade
De acordo com o levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção de bicicletas caiu 23,7% no País. No último ano, foram produzidas 456.917 unidades no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Apenas em dezembro, a queda de produção em relação ao ano anterior foi de 50,3%, com apenas 7.245 saindo das linhas de montagem. No mesmo mês, o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Fernando Rocha, afirmou em entrevista para o Mobilidade, que a queda de produção no final do ano não foi comum. “Foi bem atípico mesmo e é uma consequência ainda da pandemia”, comentou.
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Crescimento dos modelos elétricos
O setor de bicicleta elétrica apresentou uma alta de 6,2% em relação a 2022. De acordo com a Associação, o crescimento acompanhou o avanço mundial da categoria. Aqui no Brasil, a produção ainda é pouco expressiva. Em 2023, foram produzidas 11.517 unidades. No cálculo total da produção, os modelos elétricos representam apenas 2,5%.
A categoria com a maior quantidade de unidades no ano foi a das Moutain Bikes (MTB), correspondendo a 59,8% da produção. Foram 273.254 MTBs em 2023, seguidas por 109.244 unidades do modelo Urbano/Lazer, mais 52.754 unidades de bicicletas Infantis e 10.148 modelos de Estrada.
A região que mais recebeu bicicletas produzidas no PIM no ano passado foi a Sudeste, com 250.977 unidades, equivalente a 54,9% do total produzido. A Região Sul ficou em segundo lugar, com 78.262 unidades e 17,1% do total fabricado, seguida pelo Nordeste (com 63.035 bicicletas e 13,8%), Centro-Oeste (com 39.510 unidades e 8,6%) e Norte (com 25.133 bicicletas e 5,5%).
O que esperar para a produção de bicicletas em 2024
Segundo previsões da Abraciclo, a produção de bicicletas deverá alcançar 360 mil unidades em 2024, um volume 21,2% inferior na comparação com 2023. Para a Associação, isso deve acontecer por consequência da mudança do mercado que exige, cada vez mais, produtos de maior valor agregado da indústria.
Para Fernando Rocha, o crescimento da categoria de bicicletas elétricas é uma tendência para os próximos anos. “É um mercado que vai crescer. O mercado de bicicleta elétrica no Brasil, por ser novo, ele ainda é bem exponencial. As pessoas ainda estão aprendendo sobre ele”, afirma.
Segundo ele, para isso acontecer de maneira estruturada, será preciso que haja uma melhora da estrutura cicloviária, dos corredores elétricos e da segurança, por exemplo. “Para que haja uma demanda continua para utilizar cada vez mais esse modelo”, inclui. Para ele, as bicicletas elétricas têm se tornado, principalmente, uma alternativa para mobilidade em pequenas distâncias.
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