Quem se desloca regularmente de bicicleta adoece menos, revela estudo
Pesquisa mostra que pessoas que incluíram a bike em sua rotina são mais eficientes no trabalho e faltam menos

De acordo com um novo estudo publicado na revista científica Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, pessoas que incluíram os deslocamentos por bicicleta em sua rotina adoecem menos. Dessa forma, a pesquisa investigou a relação entre pedalar regularmente e uma menor ausência no trabalho por doenças.
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O estudo foi conduzido por Essi Kalliolahti, apesquisadora no Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional e na Universidade da Finlândia Oriental.
Ela afirma, em nora que já existem evidências dos benefícios do deslocamento ativo para a saúde e o meio ambiente.
“Entretanto, sua conexão com o risco de longas ausências por doença, por exemplo, nunca foi estudada antes”, afirma a pesquisadora.
Relação com o uso da bicicleta
A pesquisa comparou grupos de pessoas que andavam a pé com as que se deslocavam de bicicleta por determinado período.
As que usam bike faltam do trabalho entre 8% a 18% menos, considerando períodos de ausência por doença de pelo menos 10 dias.
“Sabe-se que apenas metade da população adulta se exercita de acordo com as recomendações”, diz enni Ervasti, Pesquisadora Chefe do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional.
Dessa forma, continua ela, ir ao trabalho a pé ou de bicicleta pode ser uma maneira útil de aumentar os exercícios que promovem a saúde.
De acordo com Ervasti, os resultados reforçam a importância de investir em um estilo de deslocamento ativo, especialmente por bicicleta.
Relação com produtividade
Diversos outros estudos investigam a relação entre os deslocamentos de bicicleta e a produtividade.
Pesquisa feita em 2022 pela Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, revelou que os deslocamentos mais ágeis proporcionados pelas bikes afetam diretamente o nível de estresse dos trabalhadores..
Dessa forma, cientistas acompanharam a rotina de trabalhadores norte-americanos do setor de tecnologia.
A maioria deles, entretanto, fazia trajetos de carro até o trabalho, com rotas que duravam entre 40 minutos e 60 minutos por dia.
Por outro lado, outro grupo se deslocava a pé e de bicicleta. Dessa forma, os resultados mostraram que aqueles que optaram pela mobilidade ativa chegavam menos estressados. E mais: essas primeiras horas do dia definiam a performance deles ao longo do expediente.
“Em comparação com os de baixo desempenho, os de alto desempenho apresentam maior consistência no momento em que chegam e saem do trabalho”, disse o professor de Gestão e Organizações da Tuck School of Business e coautor do estudo, Pino Audia, em um comunicado.
De acordo com ele, o fato sugere que o segredo para o alto desempenho pode estar em manter rotinas melhores.
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