Já virou tradição: desde 2006, o Jornal do Carro elege os melhores veículos à venda no Brasil. A primeira edição do prêmio contemplava apenas modelos fabricados no País. Desde então, a eleição é feita anualmente e acompanha a evolução do mercado nacional.
Com o passar dos anos, foi incorporando inovações e atualizações e passou a abrasnger modelos feitos em países vizinhos do Mercosul e, mais tarde, todos os automóveis e comerciais leves à venda, independentemente da procedência.
A seguir você confere os vencedores escolhidos por votação popular na trilha Jornal do Carro.
A nova geração do Citroën C3 chegou às lojas brasileiras em setembro de 2022 tendo, nas versões de entrada, motor 1.0 flex e câmbio manual da Fiat.
Isso ocorre porque, desde janeiro de 2021, a francesa faz parte do grupo Stellantis, que também engloba a montadora italiana. Assim, o novo C3 veio com outra proposta e passou a ser um dos carros mais acessíveis do País, com preço inicial abaixo de R$ 70 mil – ou seja, na disputa com Fiat Mobi e Renault Kwid.
Com produção da fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro, o novo Citroën C3 superou rivais de peso, como o Hyundai HB20, carro mais vendido do País em 2022.
Assim como o Honda City, que trocou de geração e ganhou versão hatchback (inédita por aqui). Outro finalista de peso é o Chevrolet Onix, que foi líder de mercado até 2020. Por fim, o irmão Peugeot 208, que também ganhou motor 1.0 e câmbio manual da Fiat, era candidato a melhor hatch.
Com o fim do veterano Grand Siena, o Fiat Cronos assumiu o papel de sedã de entrada da marca italiana no Brasil e na região. Pois, em 2022, além de se tornar o mais barato da categoria, o Cronos passou a ser um dos sedãs mais econômicos pelo Inmetro.
Na etiqueta do PBVE, tem Nota A de consumo com motor 1.0 flex de 75 cv e câmbio manual. Assim, faz médias de 9,9 km/l (cidade) e de 11,4 km/l (estrada) com etanol, e 14 km/l e 16,1 km/l com gasolina.
O desempenho é compatível com a proposta. São 14,4 segundos para acelerar de zero a 100 km/h e máxima de 160 km/h com o combustível vegetal. Além do visual atraente – é até hoje um dos sedãs com a traseira mais bela -, o Fiat Cronos tem como trunfo o porta-malas com 525 litros de volume, maior que o de qualquer SUV compacto. Nesta edição do Prêmio Mobilidade Estadão, superou HB20S, Onix Plus, Novo City e o Nissan Versa.
O sedã de luxo da BMW foi o que recebeu mais votos no Prêmio Estadão Mobilidade 2023. Algo justo, já que o modelo da marca, que vem importado da Europa, é um dos mais luxuosos e de visual moderno da categoria.
O BMW Série 5 está disponível no Brasil em versão híbrida do tipo plug-in, que é recarregável em tomadas. A versão 530e M Sport, com preço a partir de R$ 450.950, tem 292 cv de potência com auxílio de um motor elétrico.
Neste ano, para levar o prêmio de melhor sedã, o Série 5 superou concorrentes difíceis. Entre eles, o 100% elétrico BYD Han, as novas gerações do Audi A3 sedan e do Mercedes-Benz Classe C, além do – também elétrico – Mercedes-Benz EQS.
O primeiro SUV cupê da marca italiana foi o escolhido dos leitores do Estadão neste ano. Dessa forma, superou concorrentes de peso, como Honda HR-V e Hyundai Creta – que ganharam novas gerações em 2022.
Feito sobre a base do SUV de entrada Pulse, o Fastback estreou em setembro para disputar a liderança da categoria contra Chevrolet Tracker e VW T-Cross, dois dos SUVs mais vendidos do País neste ano. Para isso, veio cheio de trunfos.
Diferente do Pulse, que mede 4,10 metros (tamanho próximo ao de um hatch compacto), o SUV cupê é bem maior. São 4,43 m de comprimento – ou seja, 33 centímetros a mais – e 516 litros de volume no porta-malas. Além disso, o Fastback tem motores turbo e conteúdos modernos desde a versão de entrada Audace T200, como faróis e lanternas Full LEDs, frenagem automática de emergência e multimídia com tela de 8,4 polegadas, por exemplo.
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Feito no Brasil, o SUV de sete lugares Jeep Commander foi o escolhido dos leitores do Jornal do Carro e do Estadão no Prêmio Mobilidade Estadão 2023. Com produção na fábrica da Stellantis em Goiana, Pernambuco, o modelo inédito estreou no fim de 2021 posicionado acima do Jeep Compass, que é o SUV médio mais vendido do País. Um dos diferenciais do Commander é a ampla gama com versões flex e a diesel, com tração 4×4.
De acordo com a Jeep, o Commander foi essencial para impulsionar o segmento D-SUV (SUVs grandes). Segundo a Fenabrave, no acumulado até novembro, o utilitário somou 20.074 unidades.
Assim, tem ampla vantagem sobre o Toyota SW4, com 12.339 emplacamentos no período. No Prêmio Mobilidade Estadão 2023, o SUV superou os novos Audi Q3, Chevrolet Equinox e Kia Sportage, bem como o Caoa Chery Tiggo 7 Pro Hybrid.
Maior picape à venda no Brasil, a RAM 3500 é o modelo mais caro da marca de picapes da Stellantis no Brasil. Mas não é só. Trata-se da caminhonete mais potente do mercado brasileiro, bem como a mais luxuosa, com direito a muitas peças de madeira nobre pela cabine – no painel, nas portas, entre os bancos e até no volante. Por isso mesmo, a 3500 parte de R$ 485 mil e alcança os R$ 530 mil na versão de topo de linha Limited Longhorn.
Na mecânica, a picape traz o motor Cummins 6.7 turbo diesel de 377 cv e parrudos 117,27 mkgf de torque. Com essa força, a RAM 3500 pode carregar até 1.752 kg e rebocar 9.021 kg. Para efeito de comparação, a 2500 tem capacidade total de 1.088 kg e 7.861 kg de carga e reboque.
Em relação às tecnologias, a picape traz tudo e mais um pouco. No painel, o destaque é a enorme central multimídia Uconnect com tela de 12″.
Conversível mais potente da história da Ferrari, o SF90 Spider desembarcou no Brasil no início de 2022 com preço a partir de R$ 8,4 milhões. Tão impressionante quanto o preço são os 1.000 cv de potência entregues pelo conjunto híbrido do tipo plug-in, que é recarregável em tomadas.
Ele combina o motor V8 4.0 biturbo de 780 cv com outros três motores elétricos com 220 cv extras e uma bateria de 7,9 kWh. A autonomia em modo elétrico é de 25 km.
A SF90 Spider é naturalmente feita sobre o cupê. Dessa forma, a maior diferença é o teto de tecido retrátil. O componente leva 14 segundos para abrir ou fechar. Sua estrutura feita de alumínio pesa 40 kg a menos que o convencional. Já o vidro traseiro traz ajuste elétrico de altura para ajudar a reduzir a turbulência com o teto aberto. Outro dado curioso é a rigidez torcional do conversível, que é 30% maior que no SF90 Stradale.
Primeiro híbrido da Jeep do Brasil, o Compass 4xe veio da Europa no meio do ano para iniciar a eletrificação da marca no País. Assim, o destaque da versão “four by e” (pronuncia-se em inglês) é o sistema híbrido plug-in recarregável em tomadas.
O conjunto une o motor 1.3 turbo a gasolina a outro elétrico e uma bateria de 11,4 kWh. A potência combinada é de 240 cv e a aceleração de zero a 100 km leva 6,8 s, com máxima de 206 km/h.
O motor a combustão gera 27,5 mkgf de torque e é o responsável por tracionar o eixo dianteiro. Enquanto isso, o motor elétrico, de 25,5 mkgf, movimenta o eixo traseiro. Na versão a gasolina, o consumo médio é surpreendente e chega a 25,4 km/l. Mas a marca lembra que esse é o número no Brasil. Na aferição da Europa, o SUV supera 50 km/l.
Com autonomia para rodar até 444 km e um custo de R$ 75 por recarga, o Volvo C40 Recharge foi o elétrico mais votado nesta edição do Prêmio Mobilidade Estadão 2023.
O SUV cupê estreou logo no início de 2022 com um dos conjuntos elétricos mais poderosos do mercado. A versão topo de linha P8 (R$ 419.950) tem dois motores elétricos instalados um em cada eixo. Eles geram 408 cv de potência combinada e um torque robusto de 67,3 mkgf.
Nas acelerações, o empuxo é tão forte que joga os corpos contra os assentos. A Volvo anuncia aceleração de zero a 100 km/h em rápidos 4,7 segundos. É uma bela marca, afinal, o SUV com estilo de cupê pesa 2,2 toneladas.
Parte desse peso vem do pacote de baterias de íon de lítio que fica sob o assoalho. Ele tem capacidade de 78 kWh, o que garante, segundo a Volvo, autonomia de até 444 km. Além disso, recupera 80% da energia em 40 minutos em estações de carga rápida.
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