Guia da troca de óleo

Até um serviço simples, como é a troca de óleo, pode virar uma dor de cabeça se não for bem feito. Foto: iStock

26/11/2019 - Tempo de leitura: 3 minutos, 45 segundos

Não tem jeito. Uma hora todo mundo precisa trocar o óleo da moto. A boa notícia, tanto para o mecânico quanto para o dono, é que o procedimento é bem rápido. “Leva em média meia hora, dependendo da moto”, afirma o mecânico Alexandre Sauro, da Drop Red Red Bikes.

Mas até um serviço simples pode virar uma bela dor de cabeça se não for bem feito. “O motociclista não vai perceber na hora se der algum problema. Ele pode rodar por 30 ou até 40 quilômetros até a moto parar de vez. Aí não tem jeito. Tem que fazer o motor”, afirma Sauro.

Segundo o mecânico, para não errar, basta seguir um passo a passo com algumas regras básicas. Confira nosso guia para trocar o óleo sem erro.

1 – Motor quente

Troque o lubrificante com o motor quente. “É sempre melhor quando o cliente chega com a moto quente, assim o óleo flui melhor. Quando está frio, ele fica mais viscoso, e demora mais”, diz o mecânico, que completa garantindo que soltar o parafuso do dreno com o motor quente não é problema.

2 – Siga o Manual

Na sequência, é preciso ter em mãos o manual da moto. Tanto o de serviço como o do usuário. “É sempre bom saber se a moto está dentro do prazo da revisão e obedecer a viscosidade do óleo que o fabricante pede. Isso vem no manual do cliente. Já no manual de serviço há o quanto de torque você precisa usar pra apertar o parafuso do dreno depois que terminar, por exemplo. Precisa checar”, ressalta Alexandre.

3 – Dentro do prazo

O mecânico afirma que trocar o óleo antes do prazo indicado no manual não é um problema para a moto. Mas, trocar depois da quilometragem estabelecida pode causar muitos problemas. Afinal, vale lembrar que o óleo circula pelo motor para proteger peças que estão em constante atrito em temperaturas extremamente altas. Então, demorar demais para trocar o óleo lubrificante, pode causar danos severos ao motor. E ao bolso do dono dela também.

4 – Substitua o filtro de óleo

Outro ponto importante é sempre trocar o filtro de óleo. “Não tem essa de uma troca sim, outra não”, diz o mecânico. Ele explica que o filtro tem papel na limpeza do motor, e o óleo acumulado nele é sujo e volta para o sistema. “Por menor que seja o filtro, ele acumula ali uns 100 ml pelo menos. É um óleo cheio de impurezas. Então precisa substituir a cada troca.”

Sauro dá outra dica importante: a arruela em volta do dreno também tem que ser trocada junto com o óleo. Como ela é torqueada depois de trocar, é preciso substituí-la a cada vez que se coloca óleo novo no sistema para garantir que não vai haver problemas de vedação. Caso contrário, vai vazar óleo, o que além de causar problemas ao motor, faz aquela sujeira que ninguém gosta na garagem.

5 – Verifique o nível

Para finalizar, o quinto e último passo parece óbvio, mas jamais pode ser esquecido, por isso não dá pra deixar de fora: sempre verifique o nível do óleo depois da troca. Essa é a única garantia que tanto o dono quanto o mecânico têm de que tudo foi feito do jeito certo e que a substituição do lubrificante foi feita sem problemas. O mecânico também explica que o ideal é sempre orientar o cliente a verificar o nível periodicamente. “Dependendo de quanto a pessoa roda com a moto, tem que olhar pelo menos uma vez por semana. Pouca gente sabe, mas o óleo também evapora. Principalmente quando a gente pega uma moto cuja refrigeração não é das melhores, como um scooter, por exemplo. Não é paranoia, é um cuidado necessário”, afirma.

“Às vezes, o cliente compra a moto, mas não sabe de tudo. E também não precisa saber. O negócio para ele é subir na moto e sair andando. É por isso que a gente explica, orienta”, finaliza o mecânico, que além de aumentar o conhecimento dos seus clientes sobre a moto que tem, ainda faz com que eles voltem sempre que precisarem. Nem que seja só mesmo pra trocar o óleo lubrificante.