A Honda anunciou que pretende reduzir o preço das motos elétricas em 50%, até 2030, em comparação com o custo dos modelos atualmente disponíveis. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, realizada ontem (29/11), no Japão, sobre as iniciativas no segmento de elétricos.
A marca também aproveitou a oportunidade para divulgar uma nova meta de vendas de motocicletas eletrificadas. Até o final da década, a Honda espera comercializar 4 milhões de unidades de veículos de duas rodas movidos a bateria. Anteriormente, a fabricante projetava vender 3,5 milhões de motos elétricas.
Para alcançar essa meta, a fabricante anunciou diversas iniciativas. A principal delas é um investimento de 400 bilhões de ienes, cerca de R$ 13,4 bilhões, entre 2026 e 2030. O montante se soma a outros 100 bilhões de ienes já investidos pela Honda no desenvolvimento de motos e scooters elétricas.
Neste ano, a Honda iniciou as vendas de três novos modelos de bicicletas e ciclomotores elétricos, na China, além da EM1e:, uma scooter elétrica, no Japão e na Europa. Apesar de ainda comercializar poucos modelos de eletrificados, a Honda afirma que “irá acelerar ainda mais seus esforços para popularizar as motocicletas elétricas“.
De acordo com a fabricante japonesa, o plano é introduzir 30 modelos elétricos em diversas categorias até 2030. Além de motos superesportivas, nakeds, offroads, a Honda também terá bicicletas infantis e quadriciclos elétricos. Além do lançamento de novos modelos com plataformas compartilhadas, a Honda irá vender as motos movidas a bateria online.
O primeiro deles deve chegar às lojas já em 2024. Trata-se de uma scooter elétrica com baterias intercambiáveis, baseada no SC e: Concept, apresentado no Japan Mobility Show, em outubro.
Quanto às baterias, além das baterias de íon-lítio usadas nos modelos elétricos atualmente, a Honda revelou que vem desenvolvendo baterias de lítio-fosfato de ferro, planejando adotá-las em 2025.
Segundo a empresa, ter uma variedade de baterias, cada uma com diferentes pontos fortes em termos de autonomia e custo, irá permitir à Honda adaptar uma gama mais ampla de aplicações de uso e expandir as variações de produtos. Além disso, a médio e longo prazo, a Honda irá explorar a adoção de baterias com elevada densidade energética, tendo em vista a utilização de baterias totalmente de estado sólido, atualmente em desenvolvimento.
Entretanto, o anúncio que chamou mais a atenção foi a promessa da Honda de reduzir pela metade o preço das motos elétricas vendidas atualmente. Para isso, além dos modelos com bateria intercambiáveis, a marca japonesa pretende adotar modelos plug-in e otimizar as células da bateria.
Em outra frente, a fabricante quer aumentar a eficiência de compras e produção, por meio da adoção de módulos comuns, além de ter unidades fabris dedicadas exclusivamente a modelos elétricos. As fábricas, de acordo com a Honda, deverão começar a produzir motos elétricas a partir de 2027. A fabricante, contudo, não revelou onde essas fábricas estarão instaladas.