Concessionárias recorrem aos meios digitais para vender

Primeiro contato com a concessionária deve ser feito pela internet ou por telefone. Foto: Getty Images.

04/05/2020 - Tempo de leitura: 2 minutos, 52 segundos

A quarentena, decretada pelo governador de São Paulo, João Doria, em 22 de março, para evitar a propagação da covid-19, fez com que concessionárias de motocicletas fechassem as portas ao público durante a pandemia. Mas isso não significou que o atendimento e as vendas pararam completamente.

O isolamento social obrigou as lojas a procurarem novos caminhos digitais para atender os clientes. Confira:

Blu Store, Yamaha

Algumas marcas, que já tinham investido no comércio online, largaram na frente, como a Blu Store da Yamaha, lançada no fim do ano passado. A plataforma funciona como uma espécie de marketplace digital, em que o cliente pode comparar preços e condições de diversos produtos, de motocicletas a acessórios, anunciados pelas concessionárias da sua região –
para entrar na “loja”, o consumidor define sua localização.

“A ideia é proporcionar uma nova jornada ao consumidor, em que ele vai poder ser parte atuante dentro do universo Yamaha, interagindo e se beneficiando de descontos, agilidade e praticidade. É bem mais que uma loja online”, afirma Ricardo Susini, diretor comercial da Yamaha Motor do Brasil.

Kawasaki

De forma menos estruturada, mas também eficaz para manter o atendimento, a fábrica japonesa Kawasaki permite que o cliente, com base nos dados cadastrados, entre em contato com a revenda da sua região no site oficial da montadora.

Deste ponto em diante a conversa pode ser via e-mail, telefone ou até pelo WhatsApp. “Tivemos que adaptar e concentrar nossos esforços no ambiente virtual, estimulando as vendas em nosso canal online, dando, com isso, um estímulo para os concessionários, que seguem acatando as orientações dos órgãos competentes”, comenta Sonia Harue Ando, responsável por vendas e marketing da Kawasaki.

Autostar Harley-Davidson

Com seu showroom localizado na Avenida Europa e a concessionária no bairro de Santo Amaro fechados, a loja Autostar segue realizando a venda de motocicletas, roupas, peças e acessórios por canais digitais ou telefone.

Embora as vendas de motos novas em março já tenham caído, o gerente-geral da Autostar, Marco Aurélio Silveira, 53 anos, se surpreendeu com a procura nos meios digitais. “Para nossa surpresa, vendemos algumas unidades em abril”, conta. O cliente escolhe o modelo, a cor e até os acessórios para equipar sua moto nova, que é entregue em casa.

Silveira reforça, entretanto, que todo atendimento é realizado de forma não presencial. “Se o cliente vier à loja para compra ou trouxer sua moto rodando para manutenção, não receberemos. É importante que o primeiro contato seja feito pelos canais digitais”, explica o gerente da concessionária.

Mesmo as oficinas autorizadas, consideradas serviços essenciais, estão de portas fechadas ao público. Entretanto, a maioria atende com agendamento prévio ou ofertam facilidades, como o serviço “Leva & Traz”, da BMW, que coleta e entrega a motocicleta na residência dos clientes.

Honda Serviços Financeiros

Além de vender cotas de consórcio pelo site de e-commerce, a Honda Serviços Financeiros, espécie de banco da marca, lançou um aplicativo, que permite acompanhar as informações sobre financiamento e cotas de consórcio.

Os clientes podem emitir boletos, recibos e cadastrar as parcelas em débito automático e, no caso do consórcio, também podem acompanhar o resultado das assembleias e ofertar lances. A novidade está disponível para os sistemas iOS e Android.