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Motos elétricas: uma alternativa para mobilidade urbana

Por: Arthur Caldeira . 24/11/2019
Inovação

Motos elétricas: uma alternativa para mobilidade urbana

A eletricidade já impulsiona desde scooters utilitários e compartilhados a modelos luxuosos da Harley-Davidson

3 minutos, 25 segundos de leitura

24/11/2019

Um motoqueiro sobre uma moto elétrica cor de laranja em uma estrada
Livewire, primeira moto elétrica da Harley-Davidson, já está à venda nos Estados Unidos e Europa. Foto: Divulgação

As motos elétricas não poluem e não emitem ruídos, mas estão fazendo muito barulho e provocando mudanças profundas na indústria de motos. Quem imaginaria que a centenária Harley-Davidson, fabricante tradicional de enormes motores V2 e motos clássicas, lançaria uma moto elétrica? Pois saiba que a Livewire, primeira moto elétrica da Harley, já está à venda nos Estados Unidos e Europa.

As motos elétricas não são o futuro da mobilidade, mas sim o presente. Além da Harley, marcas como a alemã BMW e a austríaca KTM já comercializam há alguns anos modelos com propulsão elétrica. 

A scooter BMW C Evolution com desempenho semelhante à versão a gasolina e autonomia para mais de 100 km já está no mercado há alguns anos. Especializada em motos off-road, a KTM tem uma completa linha de motos para trilha com motores elétricos, que não poluem, não fazem barulho e, portanto, podem percorrer as estradas de terra na Europa.

“Criamos uma moto elétrica que tem a potência e a autonomia de uma com motor a gasolina.”, declarou Harald Plöckinger, diretor de operações da KTM.

As grandes fabricantes também estão investindo

As maiores fábricas de motocicletas do mundo, como Honda e Yamaha, também já estão investindo nas motos elétricas. No último Tokyo Motor Show, realizado em outubro na capital japonesa, a Honda lançou duas scooters elétricas: Benly e Gyro que chegam ao mercado japonês em 2020. Com proposta utilitária, a grande novidade dos modelos é a possibilidade de trocar a bateria descarregada, por uma cheia em estações de recarga espalhadas pelo país.

A Yamaha apresentou o E01, no evento japonês, mostrando o interesse da fabricante em expandir seus veículos movidos à eletricidade. Para atrair quem está acostumado a motores com combustão interna, o principal argumento é que a EC01 “anda” como um modelo de 125 cc. 

Mas a marca já comercializa uma scooter elétrica na Tailândia, a EC05, em parceria com uma startup local, a Gogoro. Especializada em veículos elétricos, a Gogoro também aposta em serviços de compartilhamento e estações de recarga, que funcionariam como postos de combustível: você para a scooter elétrica, troca a bateria descarregada por outra cheia e continua rodando.

Motos elétricas e compartilhadas

Os serviços de compartilhamento de veículos são um sinal dos tempos e têm tudo para se unir aos elétricos como o futuro da mobilidade. As pessoas não querem mais serem proprietários de um carro, de uma moto ou de uma scooter, ao invés disso, topam pagar pelo uso, como nos streaming de música ou filmes e séries, não precisam comprar o CD ou DVD, pagam para ouvir e assistirem o que quiserem.

A francesa Cityscoot começou com uma frota de 100 scooter elétricos em 2016 em Paris. Em pouco tempo, estendeu seu serviço à litorânea Nice, no sul do País, e hoje opera também em Roma e Milão na Itália. Suas scooters movidos a eletricidade já podem ser alugadas até pelo aplicativo da Uber na capital francesa.

Em São Paulo, a startup Riba Share iniciou as operações em janeiro deste ano, com uma frota de 50 scooters elétricas. Com preço de R$ 5,90 para os 10 minutos iniciais e R$ 0,59 para cada minuto adicional, o serviço atingiu cerca de 8.000 usuários em menos de um mês, e o número de corridas de cada scooter está três vezes acima do esperado, revela o CEO da RibaShare, Fernando Freitas. 

Atuando sob o conceito “dockless”, ou seja sem estação, a RibaShare tem unidades disponíveis em bairros como Vila Olímpia, Itaim, Brooklin, Campo Belo, Moema, Região da Berrini e Granja Julieta, mas planeja chegar em breve à regiões da Avenida Paulista.

Mais uma prova que, mesmo sem fazer muito barulho, o futuro da mobilidade é sim elétrico. 

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