Depois de realizar uma pesquisa com usuárias de ônibus de viagem, a startup Buser decidiu criar uma área específica de assentos preferenciais para mulheres. A plataforma de fretamento coletivo de viagens de ônibus separou a parte da frente dos veículos para o público feminino. São poltronas com capas no encosto de cabeça de cor branca e devidamente identificados. A quantidade de assentos reservados será de aproximadamente 20 a 30%, variando de acordo com o número de lugares de cada ônibus.
Com a iniciativa, a Buser tenta se destacar entre os demais concorrentes. Na corrida por uma fatia desse mercado de passagens online, as plataformas atraem os consumidores com preços mais baixos que os praticados de forma tradicional. Elas também tentam fisgar os passageiros mostrando seus investimentos em conforto e em segurança
A decisão em criar os assentos preferenciais para mulheres também levou em consideração estudo recente realizado em 2019 pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com o apoio da Uber. Nele, 97% das 1.081 mulheres ouvidas afirmaram já terem sido assediadas em transporte público ou privado no Brasil. Na Buser, segundo informações da empresa, relatos de assédio são raros, mas a startup optou por se antecipar.
“Temos trabalhado para aumentar a segurança das pessoas que viajam conosco. Essa iniciativa é para que as mulheres fiquem mais tranquilas, seguras e saibam que pensamos no bem-estar delas”, declara Rodrigo Souza, head de qualidade e segurança da Buser.
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Outra iniciativa é a instalação de câmeras de vigilância no compartimento de passageiros em toda frota das empresas parceiras. O protocolo de segurança e monitoramento respeitará todos os requisitos para garantia da privacidade dos usuários e usuárias transportadas.
A instalação dos equipamentos faz parte de um conjunto de medidas de que vem sendo implementadas desde o início deste ano, como a instalação de câmeras de fadiga que avaliam de modo permanente os motoristas, permitindo que a empresa atue de forma preventiva caso haja a indicação de cansaço. A Buser também analisa em tempo real a telemetria dos veículos, controlando a velocidade dos ônibus.
Para os passageiros, além da obrigatoriedade do uso de máscaras, cabe também o uso permanente dos cintos de segurança. A empresa instalou sensores que emitem alertas sonoros e visuais caso eles não estejam devidamente afivelados.
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Acho bacana a ideia, de ter espaço para as mulheres, porém eu gosto de viajar na frente, sendo assim a empresa perdeu um cliente, caso a frente fique apenas para as mulheres.