Os cuidados contra a Covid-19 na retomada das viagens de ônibus


15/09/2020 - Tempo de leitura: 2 minutos, 51 segundos

As companhias que realizam viagens rodoviárias estão seguindo uma série de novos protocolos por conta da pandemia. A começar pelos procedimentos de higienização dos ônibus, que se tornaram bem mais rigorosos a partir de normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para seguir os preceitos de distanciamento, os veículos circulam com o limite de 50% da ocupação. A orientação para os passageiros é não mudar de poltrona durante a viagem, prática que costumava ser comum quando havia lugares vagos.  Apesar da retomada gradual das atividades, o quadro geral ainda segue longe da normalidade. Em julho, o serviço regular de transporte rodoviário de passageiros no País contabilizou 24,8% das viagens realizadas em janeiro. Isso porque muitas linhas ainda estão com número reduzido de horários ou sequer foram reativadas.  Trata-se, contudo, de um avanço significativo em relação a abril, mês seguinte ao da chegada da pandemia ao País, quando foram realizadas apenas 3.436 viagens, volume correspondente a 1,7% do número de janeiro.  Somando-se as linhas regulares e os serviços de fretamento, o transporte rodoviário de passageiros no Brasil envolve 304 empresas ativas, 111.074 motoristas habilitados e 24.349 veículos regularizados, de acordo com dados atualizados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).   Colaboração de todos O grande desafio das empresas neste momento é reconquistar aos poucos a confiança dos passageiros. Faz parte desse esforço a divulgação das precauções que estão sendo tomadas e de informações que reforçam a ideia de que as viagens são seguras.  Um ponto importante é afastar a ideia de que os ônibus têm “ar viciado”. Os sistemas de ar-condicionado renovam o ar dentro do veículo mais de 20 vezes por hora, índice muito superior ao adotado em ambientes como supermercados, agências bancárias e saguões de aeroportos.  Algumas empresas estão adotando medidas extras de segurança, como medição de temperatura dos passageiros no embarque, luz ultravioleta para desinfecção dos banheiros e até redistribuição física das poltronas.   Bom senso Por conta da variação do nível de gravidade da pandemia em cada região do País, determinadas ações e procedimentos podem ser obrigatórias em alguns lugares, mas apenas serem recomendações em outros – é o caso da distribuição de copos de água, lanches, travesseiros e cobertores durante as viagens. A eficácia de todas essas ações depende muito do bom senso e da colaboração dos passageiros. Talvez nesse ponto esteja o maior receio de quem resiste a viajar de ônibus: será que todos vão cumprir as recomendações?  As atitudes esperadas incluem o uso de máscaras desde o embarque e durante toda a viagem, com troca idealmente a cada três horas e depois das refeições. Cada passageiro deve ter também o seu álcool em gel para higienização das mãos, embora o produto esteja disponível nos veículos e nos guichês de atendimento das rodoviárias.  Os cuidados devem ser redobrados após as paradas e a utilização de banheiros. As companhias pedem também aos clientes que deixem de viajar caso estejam tossindo, com febre ou qualquer outro dos sintomas associados à covid-19.