A Marcopolo, vendo a operação de transporte de passageiros de seus clientes reduzir a quase 80% devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus resolveu criar um grupo de biosegurança para desenvolver soluções e mitigar o risco de contaminação quando o setor retomar para o chamado “novo normal”.
“Percebemos que enquanto essa situação pandêmica continuar sendo realidade, nossos clientes não terão a menor possibilidade de comprar ônibus novos. Por isso, agora, a preocupação é como recolocar essa frota na operação novamente. Assim, achamos que era necessário ajudar os clientes a devolver a confiança dos passageiros com relação ao uso do transporte coletivo”, explica o presidente da Marcopolo, James Bellini.
Foi a partir daí que a fabricante de carrocerias criou a divisão de biosegurança, unindo forças entre laboratórios, infectologistas e engenheiros da marca. Dessa união saiu o chamado Biosafe. Trata-se de várias soluções que podem reduzir o risco de contágio do novo coronavírus e outras doenças dentro dos ônibus.
Uma delas é uma nova configuração das poltronas, com dois corredores (foto), cortinas com proteção antimicrobianas, desinfecção dos veículos por névoa e o ar-condicionado com sistema de filtro UVC que elimina organismos presentes no ar.
Para não colocar a saúde dos passageiros em risco, as lâmpadas com raios UVC ficam dentro do sistema do ar-condicionado e a desinfeção dos microorganismos é feita pelo ar que é liberado.
O kit pode ser vendido separadamente e implantado em veículos novos ou usados. Para ônibus 0 km o valor do kit completo chega a ser 18% maior. No entanto a Marcolopo oferece planos de aquisição com prazos de financiamentos de até 72 meses, e um ano de carência, válidos para veículos 0-km. Para quem quiser comprar só o kit, a Marcopolo dispõe de planos de 3 a 9 meses de carência, com parcelas de financiamento de 24 meses.
Outra medida foi a criação de um sistema de desinfecção de sanitários de ônibus com o uso de luz ultravioleta, que, segundo a encarroçadora, é inédita no setor.
Diretor do negócio ônibus da Marcopolo no Brasil, Rodrigo Pikussa diz que a medida visa contribuir para a segurança na retomada da mobilidade. “Com as iniciativas de biossegurança a bordo, damos um passo adicional para proteger os usuários de nossos produtos.”
O executivo afirma que o sistema garante que os sanitários dos ônibus fiquem sempre 100% limpos. O sistema foi aprovado pelo Laboratório de Microbiologia Clínica da Universidade de Caxias do Sul.
Os testes feitos na universidade gaúcha mostraram que a eficiência supera 99,99%. Isso demonstra que o uso da luz ultravioleta UVC, além de simples, contribuiu para a saúde dos usuários do transporte coletivo.