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São Paulo ganha a maior frota de ônibus elétricos do País

Por: Décio Costa . 24/12/2019
Inovação

São Paulo ganha a maior frota de ônibus elétricos do País

Alvos de projeto piloto da SPTrans, veículos atendem 14 mil passageiros na Zona Sul

3 minutos, 17 segundos de leitura

24/12/2019

Por: Décio Costa

Parte da frota de ônibus elétrico em SP. Foto: Divulgação Prefeitura de São Paulo
A nova frota é composta por 15 ônibus. Crédito: Fotos: Divulgação BYD

A capital paulista passou a ser a cidade com a maior frota de ônibus 100% elétrico do País sem alimentação pela rede área com a chegada de um lote de 15 unidades do modelo BYD D9W. Os veículos estão em operação a cargo da concessionária Transwolff na linha 6030/10 Unisa-Campus 1/Terminal Santo Amaro, na zona sul do município.

A rota escolhida foi selecionada após estudo técnico de viabilidade da SPTrans, responsável pela gestão do sistema do transporte público de São Paulo. O projeto piloto, no qual a Transwolff foi habilitada, considerou critérios como percurso, quilometragem diária, número de passageiros, frota, menor custo na oferta da energia elétrica no local de abastecimento e distância entre a garagem e o ramal elétrico. No caso, a linha tem 29,7 km de extensão, 18 ônibus na frota e transporta, em média, 14,8 mil passageiros por dia útil.

Na ocasião de entrega dos ônibus, em meados de novembro, o prefeito Bruno Covas ressaltou que não basta somente a introdução de ônibus elétricos para um modelo de transporte sustentável.

“Primeiro, a eletricidade deve vir de uma fonte limpa. Não exigir isso seria transferir a poluição. Segundo, para utilizar esse tipo de nova energia é preciso que ela seja, no máximo, a mesma proporção de custo que hoje o diesel representa para o ônibus. Esse custo vai cair no futuro e, quem sabe lá na frente, possa também representar uma redução da tarifa por conta dessa energia.”

Fazenda de células fotovoltaicas

No escopo do projeto, a energia para carregamento das baterias dos novos ônibus é gerada a partir de uma fazenda de células fotovoltaicas no interior de São Paulo, transformada a partir da energia solar. Os ônibus também, de acordo com a BYD, proporcionam custos operacionais 70% menores em relação ao ônibus convencional. O abastecimento elétrico chega a representar 25% do valor gasto com o diesel e o menor número de peças e componentes reduz a conta da manutenção e aumenta a disponibilidade.

Os BYD D9W têm alcance de até 250 quilômetros de autonomia, distância suficiente para que rodem o dia inteiro, retornando somente à noite para recarga. Os veículos precisam de três a quatro horas para recarregamento total das baterias.

Do lote entregue, três foram encarroçados pela Marcopolo com capacidade para 70 pessoas (30 sentadas e 40 em pé) e 12 com carroceria da Caio, para 80 passageiros (31 sentados e 49 em pé). Os veículos, de 13,5 metros de comprimento, também já estão equipados com a tecnologia NFC, para pagamento da tarifa por meio dos cartões de débito ou crédito, smartphones ou smartwatches. São do tipo piso baixo, trazem ar-condicionado, wi-fi, tomadas USB, monitoramento interno por câmeras e dispositivo de acesso a cadeirantes.

Os chassis possuem dois motores elétricos de 150 KW integrados nas rodas do eixo traseiro que geram o equivalente a 402 cv. Contam com controle eletrônico de tração, suspensão pneumática integral e freios a disco com sistema regenerativo de energia, que alimenta as baterias durante frenagens.

Vantagens ambientais

  • 90 litros é a economia média de diesel por ônibus em um dia de operação
  • Um ônibus elétrico reduz emissão de 1,8 tonelada de CO2 na atmosfera, equivalente ao plantio de 11 árvores por ano*
  • São 118,8 toneladas de NOx (óxidos de nitrogênio) a menos por ônibus elétrico e mais de 1,1 tonelada de material particulado*
  • O BYD D9W usa bateria de ferro-lítio. Na aplicação veicular dura 15 anos e não possui metais pesados na composição.

Lei municipal 16.802/2018 determina redução 50% da emissão de gases de efeito estufa (CO2) em 10 anos e 90% de material particulado no mesmo período

*Valores comparados com os de um ônibus convencional Euro 5 que roda, em média, 6.000 km/mês

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