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Transporte público: 6 fatos que fazem um raio X do transporte por ônibus do Brasil

Por: Daniela Saragiotto . 09/08/2024
Meios de Transporte

Transporte público: 6 fatos que fazem um raio X do transporte por ônibus do Brasil

Dados divulgados pela NTU cobrem 9 sistemas de transporte em capitais e regiões metropolitanas do País

2 minutos, 59 segundos de leitura

09/08/2024

Por: Daniela Saragiotto

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Levantamento da NTU ebgloba 33% da frota nacional e 34% do total de passageiros transportados no Brasil. Foto: Getty Images

Presente no dia a dia da maior parte da população brasileira principalmente por sua capilaridade no País, o transporte coletivo por ônibus concentra a maior parcela de usuários, mesmo com a perda de passageiros que teve início antes da pandemia da Covid-19.

Leia também: Frota envelhecida: 28% dos ônibus da EMTU têm mais de 10 anos

Recentemente, a Associação Nacional dos Transportes Urbanos (NTU) divulgou informações inéditas sobre o setor, análise que compreende nove sistemas de transporte público por ônibus, em capitais e regiões metropolitanas que, juntas, representam aproximadamente 33% da frota nacional e 34% do total de pasageiros transportados no Brasil. Veja, a seguir, alguns destaques desse levantamento.

1. São transportados 223 milhões de passageiros por mês

Em outubro de 2023, o transporte público coletivo por ônibus transportou 223 milhões de passageiros/mês. Já em abril do mesmo ano, foram 204.6 milhões de usuários transportados.

Dessa forma, a análise da NTU abrange 9 sistemas de transporte do Brasil, das seguintes cidades: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, representando 34% do total de passageiros transportados no Brasil.

2. Um em cada quatro passageiros abandonou o sistema

Em outubro de 2013, o sistema transportou 298.9 milhões de passageiros por mês, contra os 223 milhões registrados em outubro de 2023. Em 10 anos, o transporte público por ônibus perdeu 44,1% do volume de passageiros pagantes, ou 19,1 milhões por dia em relação à quantidade transportada em 2014.

O fenômeno, que começou antes da pandemia, se intensificou com ela: na comparação com 2019, o ano passado fechou com uma queda de 25,8% no número de usuários. Isso quer dizer que, nos últimos quatro anos, um em cada quatro passageiros deixou de usar o sistema nas cidades analisadas pela NTU.

3. 365 cidades têm tarifa subsidiada

A quantidade de municípios que possuem algum subsídio tarifário em seus sistemas de transporte coletivo por ônibus aumentou significativamente nos últimos anos: atuamente são 365 cidades que fazem uso desse recurso, ao custo estimado de R$ 12 bilhões por ano.

Há quatro anos, entretanto, somente 20 sistemas contavam com receita extratarifária na composição de seus modelos de financiamento, de acordo com a NTU.

4. Tarifa zero é adotada em 135 municípios brasileiros

Em quatro anos, 91 cidades passaram a aplicar a tarifa zero nas passagens de transporte público por ônibus. Dessa forma, em 2024, são 135 municípios brasileiros com a gratuidade no transporte por ônibus.

Entretanto, essa ainda é uma realidade restrita, pois a maioria das cidadeas que aplicam a gratuidade têm menos de 50 mil habitantes. E em nenhuma capital brasileira os programas de tarifa zero atendem a totalidade da população em todos os dias da semana.

5. Valor médio da passagem de ônibus é R$ 4,50

Segundo o levantamento da NTU, o valor médio da passagem de ônibus no Brasil é de R$ 4,50. Em 2019, essa média superava os R$ 6,00, valor que teve queda por conta justamente do aumento nos subsídios em diversas cidades do País.

6. Frota de ônibus velha

Desde 2011 não ocorre redução na idade média da frota nacional de ônibus, que atingiu recorde histórico de 6 anos e 5 meses, sendo que a idade média ideal seria de 5 anos. “A renovação dessa frota depende de mecanismos de financiamento acessíveis às empresas operadoras e que não onerem excessivamente o custo do serviço”, diz Francisco Christovam, diretor executivo da NTU.

Leia também: Transporte público por ônibus perdeu mais de 44% dos passageiros nos últimos 10 anos

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