Depois do aumento de 25% do diesel nas refinarias, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) atualizou a tabela do piso mínimo do frete. De acordo com o cálculo, o reajuste varia de 11% a 14%. A ANTT aplica esse percentual de acordo com o tipo de carga, o número de eixos do veículo, a distância e a operação.
Com a nova tabela publicada no Diário Oficial da União, o frete de um caminhão de dois eixos para transportar carga geral, por exemplo, passa a valer R$ 236. A tabela mínima é resultado de uma reivindicação feita pelos caminhoneiros após a greve de 2018. E os preços devem seguir as especificações das cargas.
No entanto, a categoria alega que falta fiscalização para o cumprimento dessa tabela. Esse, aliás, foi um dos motivos da ameaça de uma nova paralisação dos caminhoneiros em 2021. Isso porque a nova tabela mínima de frete não compensa as altas no diesel, e o combustível, atualmente, representa até 50% no custo total do caminhão.
De acordo com o que Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), alertou, o aumento nos custos fará com que o exercício da atividade de transporte se torne inviável. Dessa maneira, há o risco de escassez na oferta desse serviço para a sociedade. “Ninguém quer ou vai trabalhar no prejuízo”, diz.
Com o cenário econômico difícil, a saída ideal, de acordo com especialistas, é fazer um bom gerenciamento e cobrar o frete corretamente. Ou seja, uma gestão eficiente deve equilibrar os custos. Além de uma planilha financeira, é necessário sempre fazer um cálculo em cima do tipo de mercadoria e, então, provisionar os custos da operação.