Revisão de moto: saiba a importância e o que é feito

Revisões buscam detectar ou evitar problemas mecânicos mais graves na sua moto. Foto: Divulgação/Honda

30/01/2024 - Tempo de leitura: 5 minutos, 6 segundos

As motocicletas têm conquistado cada vez mais brasileiros como mostram o aumento na venda nos últimos anos. Afinal, têm menor preço de aquisição e geram menos custos, além de serem mais econômicas. No entanto, ainda que tenham gastos menores se comparados aos de um automóvel, as motos também demandam manutenção. Um dos mais importantes é realizar revisões periódicas. Mas, afinal, qual a importância de fazer a revisão na sua moto?

O principal motivo para fazer a revisão da sua motocicleta com frequência é detectar ou evitar problemas mecânicos mais graves. Como diz a máxima, “mais vale prevenir do que remediar”. Os especialistas garantem ser mais barato fazer a manutenção preventiva do que a corretiva.

Em geral, aconselha-se fazer a revisão da moto de acordo com o plano de manutenção determinado pela fabricante. Principalmente, se a sua moto for nova, ou seja, zero quilômetro, pois realizar as revisões é uma das exigências para manter a garantia de fábrica da sua motocicleta.

“Desde o desenvolvimento de uma moto, a Honda leva em consideração as condições de uso para definir o plano de manutenção do modelo”, explica o supervisor de Relações Públicas da Honda, Luiz Gustavo Guareschi. De acordo com Guareschi, as revisões periódicas são fundamentais para manter a sua motocicleta em perfeitas condições.

Os intervalos entre as revisões e os serviços realizados variam de acordo com o modelo e tipo de uso. Entretanto, em geral, a primeira revisão de uma moto nova tem de ser feita aos 1.000 km ou seis meses, o que ocorrer primeiro. Além de inspecionar itens como cabos e coluna de direção, na primeira revisão troca-se o óleo e o filtro. Os prazos das revisões e os itens verificados ou substituídos constam no Manual do Proprietário da sua motocicleta.

Quanto custa uma revisão da moto?

Muitos motociclistas realizam a primeira revisão, mas acabam se esquecendo das próximas. No caso das motos Honda, por exemplo, a segunda revisão acontece aos 6.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Até existe uma tolerância de 10%, ou seja, você poderia fazer a segunda revisão entre 5.400 km ou 6.600 km.

“A mão de obra das duas primeiras revisões das motos Honda é gratuita, porém o cliente precisa pagar o óleo e as peças substituídas. Para alguns modelos, a Honda também oferece troca de óleo grátis entre a terceira e a sétima revisões”, exemplifica o executivo da fabricante japonesa.

Algumas marcas, como Yamaha, Royal Enfield e Haojue, entre outras, também têm revisões a preço fixo. Dessa forma, o cliente já sabe quanto vai gastar com a manutenção preventiva e pode se planejar.

A Yamaha, por exemplo, também paga a mão de obra das duas primeiras revisões, de 1.000 km e 5.000 km. As seguintes também seguem os intervalos de 5.000 km. Em cada uma dessas revisões, estão previstas inspeções e substituições de alguns itens.

Contudo, vale ressaltar que, apesar do preço fixo, caso alguma peça apresente desgaste excessivo e precise ser trocada, o valor pode aumentar. Afinal, as revisões inspecionam itens de desgaste natural, como pastilhas de freio, fluidos, pneus, enfim… Esse desgaste pode variar de acordo com o estilo de pilotagem ou o uso da moto.

“Alguns motociclistas têm o hábito de pilotar com o pé no pedal de freio. Dessa forma, as lonas ou pastilhas do freio traseiro podem apresentar desgaste prematuro”, alerta Guareschi.

Quanto maior a quilometragem, maior o preço

O preço das revisões também aumenta conforme a quilometragem, pois verificam-se mais itens.

“O óleo da suspensão dianteira, por exemplo, precisa ser substituído aos 18.000 km em alguns modelos. Trata-se de um serviço mais trabalhoso e, portanto, mais caro”, explica o especialista da Honda. Contudo, isso garante o funcionamento correto da suspensão e também a segurança do motociclista.

Além das revisões e inspeções periódicas, é importante sempre inspecionar sua moto (confira no quadro abaixo) antes de rodar para garantir o bom funcionamento da sua companheira e também a sua segurança.

Inspeção preventiva: saiba o que significa a sigla P-CLOC

Além das revisões em concessionárias ou oficinas, é importante ter alguns cuidados diários com a sua moto. Para isso, a Honda orienta os clientes a fazer uma inspeção preventiva, conhecida como P-CLOC. Entenda o que significa essa sigla:

  • P – Pneus
    Antes de pilotar, quando os pneus ainda estiverem frios, confira se eles estão com a pressão adequada. Também acompanhe os desgastes e realize a troca dos pneus quando o indicador de desgaste estiver paralelo à banda de rodagem.
  • C – Comandos e cabos
    Nos comandos de freio e embreagem, verifique a folga mínima exigida, regule de acordo com a sua utilização e, se necessário, aplique um lubrificante. Ainda em relação aos freios, verifique se as pastilhas e o fluido no reservatório estão precisando de manutenção. Aproveite para conferir se a manopla do acelerador funciona suavemente.
  • L – Luzes e parte elétrica
    Antes de rodar, confira se lanterna, luz de freio, piscas e farol alto/baixo estão funcionando.
  • O – Óleo e combustível
    Verifique como está o nível do óleo quando sua moto estiver em local nivelado e o motor estiver frio. Esteja atento aos períodos recomendados de troca de óleo, porque esse produto é essencial para o bom funcionamento do motor. Se você não usa sua moto com tanta frequência, não se esqueça de verificar o nível de combustível.
  • C – Corrente de transmissão
    No seu manual do proprietário, verifique os padrões de regulagem e troca da corrente. Mantenha a corrente ajustada e lubrificada. Procure também fazer a limpeza periodicamente, principalmente se rodar em estradas de terra ou areia.