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Royal Enfield Himalayan 450: aceleramos a nova trail da marca indiana

Por: Arthur Caldeira, de Cambará do Sul (RS)* . Há 10 dias
Meios de Transporte

Royal Enfield Himalayan 450: aceleramos a nova trail da marca indiana

Nova geração do modelo com motor de 40 cv e ciclística robusta chega com preço competitivo para brigar com Honda Sahara e Yamaha Lander

5 minutos, 56 segundos de leitura

20/03/2025

Nova Himalayan 450
Completamente renovada, Himalayan 450 mostra grande evolução em comparação a sua antecessora de 411 cc. Fotos: Royal Enfield

Feita para qualquer estrada ou para nenhuma estrada. O slogan da Royal Enfield Himalayan 450 resume bem a proposta da nova geração da moto trail da marca indiana: ser uma moto robusta e versátil para enfrentar qualquer terreno. Totalmente renovada, a Himalayan 450 chega agora ao Brasil com qualidades e um preço competitivo para brigar com concorrentes de peso, como a Honda Sahara 300 e a Yamaha Lander 250. Vendida a partir de R$ 29.990, a nova trail da Royal Enfield tem mais potência, mais tecnologia e um preço final inferior aos modelos de menor capacidade. 

“Acreditamos que a Himalayan 450 tem tudo para se tornar a Royal Enfield mais vendida no Brasil”, afirma o diretor executivo da marca indiana para a América Latina, Gabriel Patini. Afinal, o modelo chega para brigar na categoria trail, segunda mais vendida do mercado brasileiro com 344,8 mil unidades emplacadas no ano passado.

Para cumprir esse objetivo, a Royal Enfield tem ampliado suas concessionárias no País. A fabricante indiana também abriu uma nova linha de montagem em Manaus (AM) em parceria com o grupo Multi. De acordo com o executivo, a expectativa é vender 700 unidades por mês.  

Como é a nova Himalayan 450

Totalmente renovado, o modelo não herda nem sequer um parafuso da sua antecessora, a Himalayan 411. “Mas mantivemos o nome e a proposta de ser uma moto versátil e robusta para enfrentar qualquer terreno”, explica o chefe mundial de design da Royal Enfield, Mark Wells.

Nova Himalayan 450 tem versões com preços a partir de R$ 29.990

Seu design manteve a identidade visual da geração anterior, marcada pelo para-lama alto, farol redondo e um pequeno pára-brisa, porém com linhas mais modernas e orgânicas. Entretanto, foi construída sobre um novo motor de um cilindro, com 452 cm³ de capacidade. O primeiro da Royal Enfield com arrefecimento líquido, duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC) e acelerador eletrônico. Dessa forma, produz 40 cv de potência máxima a 8.000 rpm. Uma enorme evolução se comparado ao monocilíndrico refrigerado a ar de 411 cm³ e 24,5 cv do modelo anterior. 

Embora gire mais e tenha mais potência, a nova Himalayan de 450cc não perdeu o torque desde os baixos giros, uma característica bem vinda em uma moto de uso misto. A partir de 3.000 rpm, já há força para fazer uma ultrapassagem ou encarar uma ladeira íngreme, até atingir o pico de 4,08 m.kgf de torque máximo a 5.000 giros. 

Suspensões e rodas foram colocadas à prova nas estradas de terra e pedra da serra gaúcha

Percorremos cerca de 300 quilômetros nos cânions da Serra Gaúcha, grande parte deles em estradas de terra e trilhas cheias de pedra. Equipada com câmbio de seis marchas e embreagem assistida e deslizante, a Himalayan 450 demonstrou força para subir uma ladeira de pedras ou atingir a velocidade máxima de 164 km/h.

Dotada de um tanque de 17 litros, o motor teve um consumo médio de 25 km/litro. Sua autonomia estimada, portanto, fica acima dos 400 km. 

Ciclística robusta

Com um quadro de aço, com o motor fazendo parte da estrutura, a nova Himalayan 450 também traz grandes evoluções no conjunto ciclístico. As suspensões contam com garfo telescópico invertido Showa, na dianteira, e um monoamortecedor fixado por links na traseira. Ambas têm 200 mm de curso, mas só há ajuste da pré-carga da mola no amortecedor traseiro. O peso de 196 kg em ordem de marcha pode parecer elevado, quando a moto está parada ou em manobras, mas em função da boa distribuição de peso e das suspensões, mal se nota quando a moto está em movimento.

Nova Royal Enfield Himalayan 450
No asfalto ou na terra, nova trail da marca indiana se mostrou bastante equilibrada

Em conjunto com rodas raiadas, aro 21, na frente e 17, atrás, a ciclística da nova Himalayan se mostrou robusta seja para atravessar um arroio (como os gaúchos se referem aos córregos) ou para acelerar em uma estrada cheia de pedras a 70 km/h. Já no asfalto, transmitiu confiança para rodar a 120 km/h e atacar as curvas das sinuosas estradas gaúchas.

Sua posição de pilotagem, típica das motos trail, com o tronco ereto, braços abertos e joelhos pouco flexionados, se mostrou confortável no asfalto, enquanto o pequeno para-brisa protege razoavelmente o piloto do vento. Já na terra, sua “cintura” fina facilita pilotar em pé, mas, particularmente, gostaria de um guidão um pouco mais alto. Tanto o guidão mais off-road e um para-brisa mais alto são vendidos como acessórios.

Eletrônica na medida

Equipada com freios a disco nas duas rodas, com sistema ABS de dois canais, a nova Himalayan permite desligar o sistema na roda traseira. A opção permite uma pilotagem mais, digamos, radical, principalmente em estradas e trilhas de terra. Também é possível desligar completamente o sistema. 

Consumo médio no asfalto e na terra foi de 25 km/litro; tanque tem capacidade para 17 litros

Tudo por meio do novo e interessante painel de instrumentos Tripper. Desenvolvido em conjunto com o Google, o painel permite espelhar o Maps, direto do smartphone para a tela colorida de TFT. Na parte eletrônica, ainda há dois modos de pilotagem: Performance e Eco, sendo o último mais suave e feito para economizar combustível.

Aventureira acessível

Uma grande evolução em comparação a sua antecessora, a Royal Enfield Himalayan 450 cumpre a proposta de ser uma aventureira acessível. Tanto na pilotagem como na etiqueta de preço. O conjunto motor e câmbio entrega desempenho suficiente para fazer uma longa viagem no asfalto, enquanto suas suspensões enfrentaram com valentia as estradas de terra. 

Com assento a 825 mm do solo, permite que pessoas de 1,70m, como eu, apoie com facilidade os dois pés no chão. Sem controles eletrônicos complicados, a Himalayan 450 é uma boa opção para quem gosta de se aventurar por aí, sem se preocupar com o caminho. 

A nova Himalayan 450 chega às lojas em três versões. A versão de entrada na cor cinza, com rodas raiadas e pneus com câmara, sai por R$ 29.990. Já o modelo intermediário, na cor preta com detalhes e rodas dourados, custa R$ 30.990. A Himalayan 450 topo de linha custa R$ 31.990. Sua principal diferença são as rodas raiadas com aros externos, que permitem o uso de pneus sem câmara, mais fáceis de serem reparados em caso de um furo. O valor é semelhante ao preço sugerido pelas concorrentes, mas inferior ao praticado nas concessionárias Honda e Yamaha. Na capital paulista, por exemplo, Sahara 300 é vendida por cerca de R$ 34 mil, enquanto a Lander 250 custa R$ 30 mil. Ambas têm especificações e desempenhos inferiores à nova moto trail, que deve levar a marca indiana por novos caminhos.      

Ficha técnica

Royal Enfield Himalayan 450
Motor: um cilindro, 452 cm³
Câmbio: seis marchas
Potência: 40 cv a 8.000 rpm
Torque: 4,08 m.kgf a 5.000 rpm
Peso em ordem de marcha: 196 kg
Preço: a partir de R$ 29.990

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