Cada vez mais brasileiros recorrem às motocicletas para se locomover. Embora os deslocamentos urbanos prevaleçam, a quantidade de motocicletas nas estradas, em viagens de longas distâncias, tem crescido. Pensando nisso, conversamos com a mecânica e influenciadora, Tati Santos, que deu dicas para viajar de moto com tranquilidade. Tati tem mais de 135 mil seguidores no Instagram, onde mantém o perfil “Falando de motoca” e faz vídeos bem humorados sobre a manutenção de motocicletas.
Reflexo do aumento da frota nacional de motos, atualmente em cerca de 34 milhões, e do maior número de habilitados para dirigi-las, a expectativa é que neste final de ano, milhares de brasileiros optem por viajar de moto.
Entretanto, pegar a estrada em duas rodas requer cuidados específicos, como ressalta a mecânica, influenciadora e parceira dos lubrificantes Mobil, Tati Santos.
“Muitas vezes, nós motociclistas só paramos para olhar com cuidado para a moto quando acontece algo errado. É preciso dar atenção também à manutenção preventiva, assim evitamos dor de cabeça em uma época tão especial como esta”, destaca a mecânica influencer.
Para contribuir com um fim de ano mais tranquilo para os motociclistas que vão colocar o pé na estrada nestas férias de verão, a mecânica lista cinco dicas essenciais; confira:
Para realizar a verificação, basta fazer o seguinte teste prático: empurre a moto vagarosamente e acione os freios. Ambos (dianteiro e traseiro) devem responder de maneira firme e imediata.
Além disso, é preciso dar atenção ao fluido de freio. Certifique-se de que o nível está adequado e dentro do intervalo recomendado pelo fabricante. Um fluido velho, com mais de dois anos, pode comprometer a eficiência dos freios. Caso não se lembre de quando trocou o fluido de freio, procure um mecânico de confiança e faça a substituição.
Para fazer a verificação, posicione a moto em terreno plano e aguarde o motor esfriar. Depois, utilize a vareta ou o visor de inspeção e verifique o nível do óleo, que deve sempre estar entre as marcações “mínimo” e “máximo”.
Se estiver abaixo, complete com o tipo de óleo especificado no manual. Vale destacar que não é indicado misturar óleos de marcas ou especificações diferentes, pois isso pode prejudicar o motor. Verifique também a data e a quilometragem da última troca para garantir que o óleo não está vencido ou muito sujo.
Para saber o estado dos pneus, procure na lateral do pneu por uma marcação, geralmente um triângulo ou a sigla “TWI”. Esse símbolo aponta para pequenas saliências nos sulcos do pneu. Depois, para medir, passe o dedo no sulco próximo ao TWI. Se o nível do pneu estiver alinhado ou abaixo dessa marca, é hora de realizar a troca.
Leia também: Como saber a hora de trocar o pneu da moto?
Vale lembrar também de dar atenção à calibragem, porque pneus muito cheios ou murchos desgastam mais rápido e comprometem a estabilidade. Portanto, antes de viajar de moto uma dica essencial é calibrar os pneus de acordo com o Manual do Proprietário da sua moto.
Outra dica fundamental para viajar de moto sem problemas é verificar a transmissão final da moto, ou seja, o conjunto corrente, coroa e pinhão. Confira se a corrente está lubrificada e com a tensão correta.
Para lubrificar, aplique um lubrificante específico para correntes, a cada 500 km ou após pegar chuva/poeira. O spray deve ser aplicado enquanto você gira a roda traseira, cobrindo toda a corrente.
Já para verificar a tensão correta da corrente, consulte o manual da moto para saber a folga ideal da corrente (geralmente entre 2 e 4 cm). Para medir, pressione a corrente com o dedo no meio da parte inferior entre as engrenagens dianteira e traseira. Se estiver muito frouxa ou apertada, ajuste usando as marcas de referência na balança traseira. Observe também se há desgaste excessivo, corrosão ou elos quebrados.
Antes de pegar a estrada, não se esqueça de abastecer sua moto. Encha o tanque até o nível indicado pela fabricante.
Além disso, a dica para viagens longas é planejar reabastecimentos, conhecendo a autonomia da moto e identificando os postos de combustível no percurso. Cabe também considerar variações, se o trajeto inclui subidas ou terrenos difíceis, por exemplo, o consumo de combustível pode ser maior, finaliza a mecânica influenciadora.