Os emplacamentos de veículos novos somaram 322.205 unidades em janeiro. Foi o melhor resultado para o mês desde 2015, aponta levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Enquanto todos os setores tiveram alta de 20,16% na comparação com janeiro de 2023, o segmento de motocicletas foi o que mais cresceu. A venda de motos alcançou 143.327 unidades em janeiro, uma alta de 29,66% na em relação ao primeiro mês do ano passado.
“Apesar de estarmos distantes do nosso pico histórico para janeiro, que foi no ano de 2014, quando emplacamos 446 mil unidades, este é um bom resultado, ainda mais ao considerarmos os números dos últimos anos”, analisa Andreta Jr. presidente da Fenabrave. Janeiro, que sofre com a sazonalidade de início de ano, vinha registrando volumes de pouco mais de 266 mil unidades, entre 2016 e 2023.
Já na comparação com o mês de dezembro, todo o setor sofreu quedas nos emplacamentos, à exceção de motos, que manteve movimento ascendente nas vendas. “Os primeiros meses do ano concentram algumas despesas que afetam a decisão de compra dos consumidores, como as aquisições de material escolar, pagamentos de IPVA, IPTU e matrículas escolares, entre outros gastos sazonais, mas acreditamos, conforme divulgado em nossa projeção, em um crescimento de 13,5% para este ano”, afirma.
Já o segmento de motocicletas registrou alta de 7,97% nas vendas na comparação com o último mês de 2023. No primeiro mês deste ano, a venda de motos chegou a 143.327 unidades, contra 132.752 motocicletas em dezembro do ano passado.
“Houve a retomada da produção, que enfrentou desafios por conta da seca no Norte do País. Ao mesmo tempo, o crédito para o segmento começou a ter maior fluidez na aprovação dos cadastros. Hoje, o índice de aprovação já está em 40%, sendo que, na maior parte de 2023, menos de 30% dos pedidos de financiamento eram liberados”, explica Andreta Jr.
De acordo com a Fenabrave, o segmento de motos deve crescer 16% neste ano na comparação com 2023. Os distribuidores projetam vender 1,83 milhão de motocicletas em 2024.