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Dia das Crianças: cadeirinhas garantem a segurança dos pequenos

Por: Daniela Saragiotto . 05/10/2023
Mobilidade com segurança

Dia das Crianças: cadeirinhas garantem a segurança dos pequenos

Confira quais são os cinco tipos de dispositivo de retenção disponíveis no mercado, que devem ser escolhidos de acordo com a altura e a fase de desenvolvimento dos pequenos

4 minutos, 8 segundos de leitura

05/10/2023

cadeirinha infantil reduz risco de morte em crianças em 60%
Uso correto das cadeirinhas reduz em até 60% a morte de crianças no interior dos veículos automotores. Foto: Getty Images

As cadeirinhas veiculares são fundamentais para garantir a segurança das crianças em todo tipo de deslocamento, além de serem obrigatórias de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Atualmente, existem cinco tipos de dispositivo para retenção infantil, cada um atendendo a uma fase de desenvolvimento dos pequenos.

A cidade de São Paulo começou a discutir a necessidade desses equipamentos a partir de 2008, com a Resolução 277, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que entrou em vigor em 2010. Dessa forma, até 2010, transportar crianças pequenas fixadas apenas com o cinto de segurança não era considerado infração, por mais absurdo que isso possa parecer atualmente.

“Muitas vidas foram perdidas porque a regulamentação anterior a 2010 não detalhava como deveria ser feito esse transporte”, explica Flávio Adura, médico e diretor científico da Associação Brasileira de Medicina no Tráfego (Abramet).

Consequências para quem não usa

Entretanto, o transporte de crianças sem a cadeirinha ou o dispositivo de retenção correto é considerado infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e 7 pontos no prontuário do condutor.

Mais do que levar uma multa, a consequência do ato pode ser muito pior, já que os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte de crianças e jovens com idade entre 5 e 29 anos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para o especialista da Abramet, a regulamentação dos dispositivos é um avanço importante, que ajuda a diminuir drasticamente essas estatísticas. “As cadeirinhas reduzem em até 60% a morte de crianças no interior de veículos automotores”, afirma Adura.

Escolha o dispositivo correto

A Abramet desenvolveu a cartilha Medicina do Tráfego –Transporte Seguro de Crianças em Veículos Automotores, feita para ajudar as pessoas na hora da compra desse equipamento. Ela é resultado de uma parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Dessa forma, seu objetivo é orientar pais, transportadores de crianças, médicos, policiais e a sociedade em geral sobre a maneira mais segura de conduzir crianças dentro do veículo.

É importante reforçar, também, que esses dispositivos são classificados pelos fabricantes por grupos de massa, critério também usado pelo Inmetro. Dessa forma, atualmente, é válida a seguinte classificação: grupos 0, 0+, 1, 2 e 3, de acordo com o peso e a altura. Confira, a seguir, cada um deles, lembrando que a maioria dos dispositivos abaixo atende a mais de um grupo ao mesmo tempo.

Cadeirinhas reduzem em até 60% as mortes de crianças nos veículos automotores

Os 5 modelos disponíveis

1 – Assento infantil (Grupo 0): peso até 10 kg; altura aproximada de 0,72 m; e 9 meses de vida
Enquanto a criança não conseguir se sentar e manter o equilíbrio da cabeça, é recomendável usar o assento tipo concha. Ele é instalado com leve inclinação no sentido inverso ao da posição normal do banco, evitando que a cabeça da criança seja submetida a impactos em caso de freadas e colisões.

2 – Assento conversível (Grupo 0+): peso de até 13 kg; altura aproximada de 0,80 m; e até 12 meses de vida        
Maior que o assento infantil, com suporte para a cabeça mais alto, poderá ser posicionado semirreclinado, acomodando crianças com peso maior do que o dispositivo anterior, mas que ainda não completaram 1 ano.
Ele deve ser instalado na posição vertical e voltado para a frente do veículo para acomodar crianças que completarem 1 ano de idade.

3 – Cadeirinha de segurança (Grupo 1): peso entre 9 kg e 18 kg; altura aproximada de 1 m; e até 32 meses de vida
É utilizada a partir do momento em que a criança já possui pleno controle do pescoço/cabeça e até os 4 anos de idade.
Nessa fase, a cadeirinha deve ser instalada na posição vertical, voltada para o painel do veículo.

4 – Assento de elevação, ou booster seat (Grupo 2): peso entre 15 kg e 25 kg; altura aproximada de 1,15 m; e até 60 meses de vida
Indicado quando a cadeirinha se tornou pequena para a criança por causa de seu crescimento, embora ela ainda não tenha alcançado altura para usar o cinto de segurança. Eles se ajustam ao banco traseiro, elevando a criança a uma estatura que permita o correto posicionamento do cinto.

5 – Cinto de segurança (Grupo 3): peso entre 22 kg e 36 kg; altura aproximada de 1,30 m; e até 90 meses de vida
As crianças podem usar o cinto quando atingem a estatura mínima de 1,45 m, ou, aproximadamente, 10 anos de idade.

Fontes: Medicina do Tráfego – Transporte Seguro de Crianças em Veículos Automotores –, da Abramet, Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Importante: a maioria dos dispositivos de retenção acima atende a mais de um grupo ao mesmo tempo

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