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No verão, não espere seu carro pedir água

Por: Hairton Ponciano Voz . 01/02/2023

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Mobilidade com segurança

No verão, não espere seu carro pedir água

Confira oito dicas de manutenção básica e planejamento que garantem viagem de férias
sem transtorno

4 minutos, 10 segundos de leitura

01/02/2023

Por: Hairton Ponciano Voz

Verificar os sulcos dos pneus é um dos primeiros passos para uma viagem de férias sem susto. Foto: Getty Images

Férias de verão e temperaturas altas são os ingredientes que, todo ano, funcionam como um chamado para viagens. Mas, antes de reunir a família, fazer as malas e partir, o automóvel precisa de atenção. Na estrada, as velocidades são bem maiores do que na cidade. De um ritmo médio que dificilmente chega a 30 km/h, em centros urbanos, o motorista pode andar a até 120 km/h em algumas rodovias. Tudo acontece mais rapidamente e, por isso, tanto o motorista como o automóvel precisam estar mais preparados. Confira, a seguir, oito dicas importantes.

1 – PNEUS. Verifique o nível de desgaste. A banda de rodagem (área de contato com o solo) tem marcas transversais (TWI) que indicam quando os pneus estão no fim da vida útil. Isso ocorre se os sulcos de drenagem de água chegam a 1,6 mm de profundidade. Abaixo desse limite, eles não conseguem mais escoar a água das chuvas para as laterais com eficiência, o que aumenta muito o risco de aquaplanagem (quando os pneus perdem o contato com o piso e passam a “surfar” sobre a lâmina de água). Como, no verão, as altas temperaturas são acompanhadas de chuvas fortes, não vale a pena arriscar. Nesse caso, o melhor é trocar.

2 – CALIBRAGEM. Caso os pneus estejam em bom estado, faça a calibração, seguindo as recomendações da montadora. Os automóveis, geralmente, trazem informações sobre a pressão ideal em algum ponto da carroceria (geralmente, no batente da porta ou na tampa de combustível). O ideal é que a verificação seja feita com os pneus ainda frios, e leve em conta a carga do veículo e a velocidade de estrada. Para carga máxima (de pessoas e bagagens), normalmente a montadora recomenda pressão um pouco maior.

3 – VERIFICAÇÃO DOS LÍQUIDOS. O óleo do motor merece atenção especial. Além de certificar-se de que o nível esteja dentro dos limites mínimo e máximo na vareta (com o motor frio e o carro em local plano), veja se o momento da troca não está próximo. Calcule quanto o veículo deverá rodar no total da viagem. Caso a quilometragem ultrapasse a indicada para a substituição, faça a troca antes de partir para evitar ter de efetuar o serviço no meio do passeio.

Verifique também o nível do fluido de freio e o dos líquidos de arrefecimento do motor e dos limpadores dos vidros.

4 – LIMPADORES DOS VIDROS. Em estradas, o para-brisa costuma sujar mais, por causa de insetos, que, em alguns casos, podem até mesmo comprometer a visibilidade. Por isso, aproveite também para ver se os esguichos estão regulados. Eles devem direcionar a água para a área central dos limpadores. O ajuste pode ser feito movimentando os orifícios com uma agulha. Uma dica importante: em caso de estrada com muita poeira, se necessário, acione os limpadores, mas sem jogar água para não piorar a visibilidade.

5 – FREIO. Importante checar o fluido. se o nível estiver baixo (o reservatório tem marcações de mínimo e máximo), pode ser um indicativo de pastilhas gastas. Nesse caso, o mais aconselhável é levar o veículo a um mecânico de confiança para verificar a espessura dos componentes e, se necessário, fazer a troca. Quando estão muito gastas, as pastilhas podem danificar os discos de freio, elevando o valor do reparo. Isso ocorre quando o material de atrito acaba, e a área metálica das pastilhas entra em contato com os discos. Além do aumento de ruído nas frenagens e do prejuízo financeiro, há ainda perda de capacidade de frenagem, elevando o risco de acidente.

6 – LUZES. CConfira o bom funcionamento de faróis, lanternas, piscas e iluminação de placas, porque, afora a necessidade de ver e ser visto, há o risco de multa.

7 – PESO. Para melhor distribuição de peso, procure acomodar objetos mais pesados da bagagem na parte inferior do porta-malas e, se possível, mais para o fundo do compartimento (quanto mais próximos da linha imaginária do eixo traseiro, melhor). Isso irá evitar que a traseira fique muito baixa, o que causa levantamento da dianteira e prejudica a estabilidade direcional do veículo.

8 – SEGURANÇA. Procure viajar durante o dia, após uma boa noite de sono. A boa visibilidade aumenta a segurança, e permite que os ocupantes se distraiam mais facilmente apreciando a paisagem. E, em caso de chuva, diminua a velocidade e redobre a atenção, porque as pistas se tornam escorregadias, o que eleva a possibilidade de acidentes.

Por fim, mesmo em boas condições, mantenha distância do veículo da frente e só ultrapasse com segurança, em local permitido. A praia, o campo ou a montanha não vão sair de lá.

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