Ele é o ponto de contato do automóvel com o solo e estar em perfeitas condições proporciona frenagens eficientes, além de boa dirigibilidade. Cuidar dos pneus é fundamental para garantir a segurança, e a proximidade com o final de ano e com as férias traz um alerta da necessidade de revisão desses equipamentos.
Para entender o que é necessário verificar para poder pegar estrada com tranquilidade, Fábio Magliano, gerente de produto e motorsport da Pirelli, participou do Momento Mobilidade, que vai ao ar todas as quarta-feiras, às 11h, com transmissão ao vivo pelas redes sociais do Estadão, deu recomendações importantes.
“Hoje em dia, os furos são menos frequentes por causa da mudança na estrutura dos pneus, que têm mais tecnologia e são mais resistentes, e pelas ruas estarem mais limpas. Mas existem outros aspectos que precisam ser observados”, afirma Magliano. Confira, a seguir, três dicas de ouro.
A recomendação das fabricantes é que os pneus sejam avaliados, visualmente, toda semana, e sua calibragem, também. A pressão deve ser sempre a recomendada no Manual do Proprietário de cada veículo, que é o que vai garantir a eficiência no caso de uma frenagem brusca.
O próprio motorista pode checar as marcas dos pneus, nos indicadores de desgaste chamados TWI (tread wear indicator). A banda de rodagem deve ser observada: se o pneu já encostou nessas marcas, então, está na hora da troca.
Com o carro cheio de bagagens, muitos motoristas deixam de fazer a calibragem do estepe, o que é fundamental: sem uso por muito tempo, é natural que ele tenha perda de pressão e não esteja em condições de uso em uma emergência.
Então, antes de carregar o automóvel, calibre todos os pneus, e lembre-se do estepe. Já o alinhamento da geometria do carro e o balanceamento do conjunto pneu e roda deve ser feito a cada 5 mil a 10 mil quilômetros, no máximo, pois as condições do asfalto das nossas vias acabam alterando a geometria dos pneus, comprometendo a segurança.
É importante reforçar que as montadoras fazem duas recomendações de calibragem, de acordo com o peso do carro. Para viagens, com o automóvel carregado e toda a família a bordo, é preciso se lembrar da pressão diferenciada.
Para saber qual é a correta, veja no Manual do Proprietário do veículo (alguns modelos também têm esse indicador na tampa do combustível). Quando o pneu está murcho, ele desgasta de forma irregular e, se houver impacto, a banda bate na roda e corta o pneu, fazendo bolhas.
Mas, se o pneu estiver cheio demais, a parte central vai ser danificada, reduzindo o ponto de contato com o chão e causando perda de performance. Todas as situações comprometem a segurança; então, a recomendação é manter a pressão correta.