Multa por excesso de velocidade: veja a lista dos Estados campeões no Brasil

O levantamento acompanhou velocidades em veículos leves e pesados, principalmente, caminhões de carga; vans e veículos comerciais; e carros utilizados em serviços urbanos, como telecomunicações e energia. Foto: Adobe Stock

09/09/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 35 segundos

Os Estados de Mato Grosso, Tocantins e Rondônia foram os três primeiros colocados no ranking brasileiro das infrações por excesso de velocidade. O levantamento acompanhou veículos de todo o País durante o primeiro semestre de 2024. Além disso, oferece um panorama da gravidade do comportamento de risco dos motoristas em altas velocidades.

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O índice elaborado pela Cobli, empresa de tecnologia para gestão de frotas, calculou a média de excessos de velocidade por veículo de todo o Brasil. O estudo utiliza como base uma recorrência que vai de 128 (maior) a 30 (menor) classificando comportamentos para cada veículo. De acordo com essa métrica, Mato Grosso é o Estado com a maior incidência, seguido por Tocantins e Rondônia.

Características das rodovias

Conforme a empresa, questões como infraestrutura rodoviária, falta de fiscalização e cumprimentos de prazo de entrega, por exemplo, podem estar na fonte do problema. “O Mato Grosso, por exemplo, é um estado com vastas áreas rurais e estradas que podem ser longas, retas e com pouco tráfego. Com isso, os motoristas podem se sentir mais seguros para acelerar acima do limite permitido”, afirma Nathalia Albar, diretora de marketing da Cobli.

O levantamento registrou velocidades em veículos leves e pesados, principalmente caminhões de carga; vans e veículos comerciais; e carros utilizados em serviços urbanos, como telecomunicações e energia.

Estados com maiores velocidades

1 – Mato Grosso
2 – Tocatins
3 – Rondônia
4 – Bahia
5 – Ceará
6 – Goiás
7 – Maranhão
8 – Piauí
9 – Pará
10 – Roraima

Excesso de velocidade

De acordo com a Cobli, o excesso de velocidade é considerado gravíssimo quando atinge 51% ou mais acima do limite da via ou do limite estipulado para o veículo. Os graves, por sua vez, acontecem em situações de 21% a 50% acima do limite e os eventos de severidade média, até 20% acima do limite. Com base nesse parâmetro, o relatório da Cobli apontou que 55% dos casos registrados foram situações graves, 39% gravíssimas e 6% de severidade média.

“Quanto maior o excesso de velocidade em que o veículo transitar, maior é o tempo necessário para realizar uma frenagem. Isso aumenta a probabilidade do condutor perder o controle do veículo e reduz a capacidade dele de se antecipar a possíveis perigos”, explica Nathalia.

O índice da empresa para acidentes também revela que no Mato Grosso, 44,32% dos acidentes foram classificados como graves, 48,78% como gravíssimos e 6,90% como de severidade média. O Estado do Tocantins apresentou 48,36% de acidentes graves, 45,61% graves e 6,03% de severidade média. Em Rondônia, 43,84% dos acidentes foram graves, 53,16% gravíssimos e 2,97% de severidade média.

De acordo com Albar, apenas no Mato Grosso, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), os números de infrações de trânsito no primeiro semestre cresceram em 44% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O relatório ainda aponta que o excesso de velocidade é a infração mais comum no Estado.