Brasil pode dobrar rede de transporte público até 2054

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Brasil tem potencial para dobrar rede de transporte público até 2054

Por: Redação Mobilidade Estadão . Há 1 min
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Brasil tem potencial para dobrar rede de transporte público até 2054

4ª edição do Boletim Informativo do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana traz as possibilidades de expansão dos serviços nas principais regiões metropolitanas do País

3 minutos, 12 segundos de leitura

17/07/2025

Expansão do transporte público pode ocorrer nas regiões metropolitanas do país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil pode mais do que dobrar sua rede de transporte público até 2054. É o que aponta a 4ª edição do Boletim Informativo do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana, divulgado nesta semana pelo Ministério das Cidades.

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Conforme o levantamento, a malha atual é composta por cerca de 1,2 mil quilômetros de sistemas estruturantes, como metrôs, trens, VLTs e corredores de ônibus. Entretanto, o País pode ampliar essa malha para 2,6 mil quilômetros nas próximas três décadas.

O potencial de crescimento inclui a implementação de novas linhas e corredores de alta capacidade, especialmente em regiões metropolitanas com maior concentração populacional. A projeção considera estudos de viabilidade e dados dos Planos de Mobilidade Urbana existentes nos municípios.

Cenário atual e planejamento do transporte público

Atualmente, as regiões metropolitanas brasileiras somam 1.194 quilômetros de redes de transporte público estruturante, abrangendo sistemas de transporte sobre trilhos e corredores exclusivos para ônibus. O boletim indica que, com os projetos já em fase de planejamento ou em andamento, esse número pode alcançar 2.626 quilômetros até 2054.

De acordo com o Ministério das Cidades, o estudo busca fornecer subsídios técnicos para gestores públicos. Dessa forma, o levantamento oferece informações consolidadas sobre a atual infraestrutura e as possibilidades de expansão do sistema de transporte coletivo. Entretanto, o destaque de possibilidades está nas capitais e nas regiões metropolitanas do País.

O objetivo é facilitar o planejamento e a tomada de decisão de prefeitos, governadores e técnicos do setor.

Expansão prevista

Atualmente, o Brasil tem 83 redes de transporte estruturante em operação. Com os projetos em fase de estudo ou planejamento, esse número pode aumentar em 1.432 quilômetros, alcançando 2.626 quilômetros no total. Esse crescimento representa um aumento de 119% na malha de transporte público estruturante do País.

As principais regiões metropolitanas concentram a maior parte do potencial de expansão. Conforme o documento, a expectativa é que o crescimento ocorra principalmente nas seguintes áreas:

  • Sudeste: A região terá a maior ampliação, com 715 quilômetros adicionais, somando novos trechos de metrô, trens e BRTs em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória.
  • Sul: Os Estados do Sul devem expandir suas redes em 312 quilômetros, incluindo novos corredores em Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis.
  • Nordeste: Na região, o aumento previsto é de 280 quilômetros, com destaque para os projetos de Salvador, Recife e Fortaleza.
  • Centro-Oeste: A malha será ampliada em 70 quilômetros, considerando principalmente as obras em Goiânia e Brasília.
  • Norte: A expansão prevista é de 55 quilômetros, com foco em projetos em Belém e Manaus.

Os dados foram compilados com base nos Planos de Mobilidade Urbana elaborados por estados e municípios, além de informações do IBGE e do Sistema Nacional de Informações de Mobilidade Urbana (SIMU).

Dados disponíveis online

A 4ª edição do boletim é fruto do trabalho da equipe do Departamento de Mobilidade e Serviços Urbanos da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. O material está disponível para consulta pública no Painel de Mobilidade Urbana. Aliás, este painel reúne informações sobre a situação atual da oferta de transporte coletivo, os investimentos previstos e o diagnóstico das redes existentes.

O painel têm atualizações contínuas e permite o acesso a dados detalhados por cidade e por tipo de moda. Além disso, indica quais são os desafios e as oportunidades para o crescimento sustentável da mobilidade nas áreas urbanas brasileiras.

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