Apesar de comemorar o bom resultados de 2022, quando a produção cresceu 18,2%, a indústria de motos está cautelosa quanto ao futuro da economia. Os juros altos e a queda no poder de compra da população preocupam as indústrias do setor. A afirmação foi feita por Paulo Takeuchi, diretor-executivo da Abraciclo, associação dos fabricantes de motocicletas do País, durante a live do Momento Mobilidade desta quarta-feira, 1º de março.
Mediada por Arthur Caldeira, do MotoMotor, a live também teve a participação do diretor-executivo da Abraciclo, além do diretor de relações institucionais do Grupo Yamaha, Afonso Cagnino. O bate-papo também tratou das vantagens e desafios de produzir no Polo Industrial de Manaus, de onde provêm 98% das motos vendidas no Brasil.
Os executivos falaram sobre o bom momento do segmento de motocicletas e as perspectivas para o futuro. Dependente de crédito para vender motos, a indústria teme que a exigência das instituições financeiras e os juros altos prejudiquem as vendas. Ainda assim, o alto preço dos automóveis novos e dos combustíveis os executivos enxergam crescimento para 2023.
Otimista com o crescimento do market share da Yamaha, Afonso afirma que a empresa projeta produzir entre 5% e 10% mais motos em 2023. Com isso, a fabricante japonesa, a segunda no ranking de vendas no Brasil, pode chegar a 275 mil fabricadas neste ano.
A projeção está alinhada com os 9% de crescimento esperados pela associação dos fabricantes para 2023. Com isso, a produção de motos pode chegar a 1.550.000 unidades.
Para conferir tudo que rolou no Momento Mobilidade, em 1º de março, clique no vídeo abaixo para assistir a gravação da live “Duas Rodas aceleradas”.