41% dos trabalhadores de aplicativo não consegue pagar contas

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Cerca de 41% dos trabalhadores de aplicativo no Brasil não consegue pagar as contas

Por: Redação Mobilidade Estadão . Há 24h
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Cerca de 41% dos trabalhadores de aplicativo no Brasil não consegue pagar as contas

Quase metade gasta R$ 1,5 mil por mês para trabalhar, conforme levantamento

2 minutos, 7 segundos de leitura

29/05/2025

Fintech responsável pela pesquisa atua com aplicativo de copiloto aos motoristas de aplicativo. Foto: Rostislav Sedlacek/Adobe Stock
Fintech responsável pela pesquisa atua com aplicativo de copiloto aos motoristas de aplicativo. Foto: Rostislav Sedlacek/Adobe Stock

Um levantamento revelou que 41% dos trabalhadores de aplicativo no Brasil não consegue pagar as contas básicas mensais. Essa pesquisa foi realizada online pela fintech GigU e Jangada Consultoria de Comunicação. Dos participantes, 88,2% são motoristas e 7% entregadores, de mais de 100 cidades brasileiras, totalizando 951 entrevistados.

Leia também: Quanto ganha um motorista de Uber?

Esse levantamento ainda questionou outras características do trabalho, como a quantidade de aplicativos que presta serviço. Conforme o levantamento, 54,4% atua em dois ou mais apps. Além disso, 50,2% trabalha mais de oito horas por dia.

Entretanto, o custo para manter a atividade supera os R$ 1,5 mil por mês para quase metade dos entrevistados (49,4%). Conforme a pesquisa, 74,6% afirmaram ganhar até R$ 2 mil mensais, enquanto 72,8% já deixaram de pagar contas básicas como luz, água e gás.

Apesar de não ser vantajoso para muitos dos profissionais que participaram da pesquisa, a quantidade desses trabalhadores segue crescendo no Brasil. 

Os dados do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) apontam que haviam 1,7 milhão de motoristas de Uber em 2024, um crescimento de 35% em relação a 2022. Desses, 94% são homens, 66% têm ensino médio completo e 64% de declara preto ou pardo.

De acordo com o resultado do levantamento, 66% atuam como motoristas e entregadores por necessidade. Desses, 35,4% justificaram a entrada nos aplicativos por conta do desemprego e 38% o complemento de renda. 

Aliás, 31,5% deles menciona a flexibilidade de horário. Entretanto, 46,1% afirmam que continuarão prestando o serviço até conseguir algo melhor e 31,9% deixariam esse trabalho imediatamente se tivessem outra oportunidade com melhor remuneração. 

Relação entre trabalhadores de aplicativo e as empresas

O estudo da GigU e Jangada também questionaram sobre a relação entre o trabalhador e os aplicativos. Os resultados mostram que mais de 60% acredita que falta comunicação sobre as taxas, valores e bloqueios. Além disso, o suporte que cada empresa dá aos prestadores de serviço é considerado ruim ou muito ruim por seis em cada dez profissionais. 

78,3% não sentem que as empresas realmente se importam com quem está na linha de frente das entregas e corridas. Para melhorar isso, os trabalhadores determinaram as principais demandas. 

Somado a isso, 97,4% acredita que a remuneração por corrida deve melhorar. Além disso, 72,7% pedem redução das taxas cobradas pelas plataformas e 56,9% desejam um suporte melhor. Por fim, 42,8% quer mais benefícios básicos como plano de saúde e previdência. 

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