Conheça a gasolina da Stock Car

Velozes carros da Stock Car utilizam gasolina Petrobras Podium idêntica à oferecida nos postos em todo o Brasil. Foto: Rodrigo Guimarães/Divulgação
Alan Magalhães
05/05/2021 - Tempo de leitura: 3 minutos, 3 segundos

No último 10 de abril, um sábado de sol, dia oficial de cuidar do automóvel, muitos de nós parávamos no posto para aquela lavagem caprichada e completar o tanque do carro. E nessa hora bate a dúvida: comum, aditivada ou premium? No mesmo dia, acontecia mais uma cena cotidiana na pista de testes da GM, em Cruz Alta (SP), quando mais um Chevrolet Cruze entrava no traçado infinito do campo de provas. Mas não se tratava de um Cruze qualquer.

Era o Chevrolet Cruze Stock Car da Equipe Lubrax|Podium, que utilizava a pista infinita de 4.300 metros, usada normalmente para testes de consumo de combustível, certificação do sistema de escapamento e o que mais nos interessa: velocidade máxima. E o Chevrolet Cruze Stock Car da Lubrax/Podium quase chegou a 300 km/h: 296,4 km/h para ser mais exato.

O piloto Júlio Campos queria mais: “Infelizmente, um pequeno apêndice aerodinâmico dianteiro quebrou. Senão, teríamos chegado aos 300 km/h”, comentou. Como se percebe, cada detalhe num momento desse faz a diferença. Se um aleta pode influenciar dessa forma, imagine o coração do carro, o motorzão de cerca de 550 cv.

Gasolina, etanol e injeção eletrônica

O automobilismo sempre foi uma plataforma de desenvolvimento de componentes que acabam sendo utilizados nos carros de rua, pois, nas pistas, as solicitações são enormes. E, para se chegar a quase 300 km/h em altíssima rotação, poderíamos imaginar que o carro usasse uma gasolina específica para competições ou de avião. Nada disso.

A Stock Car brasileira começou em abril de 1979, utilizando modelos Opala 4.1, abastecidos com gasolina comum, comprada no posto mais próximo do autódromo. Com a proibição das corridas durante a crise do petróleo no final da década de 70, o esporte se reinventou no Festival do Álcool, em 7 de setembro de 1979, quando todas as categorias nacionais passaram a utilizar álcool comburente. E assim foi até o final dos anos 90.

Em 2001, já com carros mais modernos, a Stock Car estreava o motor V8 a gasolina, que aposentou o velho 6 cilindros em linha. O combustível foi a opção até 2008, antes de ser trocado pelo etanol, em 2009, junto com outra mudança significativa: a troca do carburador pela injeção eletrônica.

Disponível ali no posto

A melhora dos combustíveis brasileiros era evidente, e o Ministério das Minas e Energia, por meio da Resolução 807, normatizava as gasolinas de uso automotivo, classificando-as em comum e premium. Com a experiência adquirida nas pistas, no desenvolvimento e fornecimento para as equipes Willliams e BMW na Fórmula 1, a Petrobras apresentava sua gasolina Podium, de octanagem equivalente às superpremium europeias.

Não foi difícil a escolha da Podium como gasolina oficial da Stock Car Pro Series, cuja parceria se iniciou em 2015. Além da alta octanagem, o teor de enxofre é baixíssimo e a sua estabilidade é alta, ideal para alto desempenho nas pistas, ruas e estradas. Sim, a gasolina da Stock Car é a mesma que você adquire nos postos BR Petrobras.

“A BR Distribuidora enxerga a Stock Car como uma grande plataforma de impulsionamento de suas marcas, tanto é que, pelo sétimo ano consecutivo, a Petrobras Podium é o combustível oficial dos carros da categoria”, afirma Leonardo Burgos, diretor de desenvolvimento de negócios e marketing da BR Distribuidora.

Nas 12 etapas de 2021, estima-se que 180 mil litros do combustível serão utilizados na Stock Car. Alguns deles foram queimados lá na pista infinita em Cruz Alta. Claro que, no caminho, passaram antes no posto BR Petrobras.