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A hora da verdade

Por: Alan Magalhães . 27/10/2021

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A hora da verdade

Faltando apenas duas provas, decisão fica cada vez mais apertada

3 minutos, 26 segundos de leitura

27/10/2021

Por: Alan Magalhães

Gabriel Casagrande chegou líder e saiu líder na etapa do Velocitta. Fotos: Duda Bairros

Sempre que um campeonato, seja ele de qualquer esporte, atinge sua reta final, as calculadoras começam a trabalhar mais do que os atletas. No automobilismo, esporte mais do que acostumado a números e estratégias, não é diferente.

Em uma de suas mais emocionantes temporadas da história, a Stock Car Pro Series vem entregando provas de tirar o fôlego até do torcedor mais exigente. O equilíbrio é tão grande e o nível tão alto que um piloto que largou em 26º lugar na etapa anterior e saiu zerado em pontos se tornou o maior pontuador na etapa seguinte, que foi disputada no último domingo no Circuito Velocitta, em Mogi Guaçu (SP).

Falamos do paulista Guilherme Salas, um jovem piloto de 27 anos, natural de Jundiaí (SP). “Foi um final de semana espetacular, que apaga totalmente as más lembranças de Goiânia. A equipe entregou um carro muito rápido, que me proporcionou a pole position, vitória na primeira prova e melhor volta. Agora é agradecer e comemorar”, resumiu o maior pontuador do final de semana, que cruzou a linha de chegada em sétimo lugar na segunda corrida, façanha que lhe valeu o troféu de Claro 5G Man of the Race. Ricardo Zonta, da Equipe Shell Racing, valorizou ainda mais a vitória de Salas, pressionando-o até a bandeirada.

A segunda prova do dia foi vencida pelo paulista Thiago Camilo, que desenhou uma estratégia perfeita, que lhe deu a liderança durante as paradas de box obrigatórias. Na volta de aquecimento da segunda prova, alguns pingos de chuva chegaram a levar o piloto da Ipiranga Racing a achar que seria melhor botar pneus de chuva. Mas Camilo preferiu arriscar e se beneficiou de uma longa entrada do safety car no início para não reabastecer e fazer a parada mais rápida de todas, trocando apenas o pneu traseiro esquerdo (mais próximo dos mecânicos) para não perder nenhum segundo. Quando se fechou a janela de pitstops, ele estava à frente de Gabriel Casagrande, que largou na pole position. “A gente sentiu no início que não brigaria pela vitória e preferiu focar a corrida 2”, disse Camilo, que conquistou sua 35ª vitória na Stock Car.

Título começa a se desenhar, para quem?

Guilherme Salas comemora o final de semana perfeito do Velocitta

Serão mais duas etapas que decidirão a temporada 2021 da Stock Car Pro Series, e as chances matemáticas colocam muita gente na briga pelo título. Na verdade, são nove pilotos apostando suas fichas na matemática, desde Gabriel Casagrande, o líder, com 309 pontos, até Allam Khodair, o nono colocado, com 204 – ainda não foi feito o descarte dos quatro piores resultados do ano, o que ocorre após a penúltima e próxima etapa, que será disputada em Santa Cruz do Sul (RS). Portanto, a disputa será direta e franca na última corrida, marcada para o autódromo de Brasília, que volta a integrar o calendário da categoria depois de sete anos.

Se a matemática é uma ciência exata, ela passa do estado físico ao gasoso, pois Khodair, por exemplo, teria que vencer todas as corridas até o final do ano, anotar duas pole positions e contar que pilotos à sua frente não marquem pontos em quatro corridas. Matemático é, mas as chances praticamente se evaporam.

A briga mesmo deverá ficar entre dois Daniéis, o Casagrande e o Serra. O paranaense Casagrande vem mostrando incrível velocidade e constância no ano, frequentando o pódio em todas as etapas. Daniel Serra, por sua vez, venceu apenas uma etapa e tem mais pontos para descartar do que seu rival direto, que soma dois triunfos. Ricardo Zonta, terceiro na tabela, com 251 pontos e dono de uma vitória no ano, não deve ser descartado da briga, na qual corre por fora. Com os mesmos 251, Rubens Barrichello é o quarto colocado. São dois ex-pilotos da Fórmula 1, que jamais devem ser desprezados numa briga de título.

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