A bicicleta é a queridinha do mundo da mobilidade: é barata, democrática, sustentável, saudável e econômica. Mas as bikes têm seus limites. E um deles diz respeito a algo muito comum nas grandes cidades: o tamanho da distância percorrida diariamente.
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A bicicleta é a queridinha do mundo da mobilidade: é barata, democrática, sustentável, saudável e econômica — mas tem seus limites. Um dos entraves diz respeito a algo muito comum nas grandes cidades, que é a distância percorrida diariamente. Frequentemente, pessoas precisam se locomover por dezenas e até centenas de quilômetros, o que dificulta a adesão à bike, sobretudo em terrenos muito acidentados. Estudantes e trabalhadores às vezes chegam exaustos ao destino.
Uma novidade vinda dos Estados Unidos chamou atenção dos aficionados pelo mundo das duas rodas e pode ajudar a solucionar esse problema. E se desse para converter toda bike ao tipo elétrico? Essa é a proposta do Clip, dispositivo adaptável a qualquer modelo. Não à toa, ele foi considerado pela Time como uma das 100 melhores invenções de 2020.
Conheça mais sobre a inovação que colabora para que cada vez mais pessoas possam pedalar.
As bicicletas elétricas já existem há bastante tempo. No século XIX, um inventor chamado Ogdem Bolton Jr. patenteou o primeiro modelo que se enquadra na categoria. Desde então, diversos outros foram testados e desenvolvidos e hoje há uma série de marcas consolidadas no mercado. Por que, então, o Clip é tão inovador?
A novidade do Clip é que, segundo Somnath Ray, CEO e cofundador da empresa que dá nome ao dispositivo, em questão de segundos é possível transformar uma bicicleta convencional em elétrica. Também em segundos pode-se tirar o dispositivo para carregar ou equipar outro veículo.
Isso é especialmente interessante para quem tem mais de uma bike espalhada pela cidade, algo comum em locais altamente pedaláveis, como Amsterdã (Holanda). Nesse caso, a política de última milha é garantida por meio da bicicleta.
Outra característica interessante é que o modelo é pequeno e cabe em bolsas e mochilas. Assim, pode-se pedalar longas distâncias com conforto, e em apenas 40 minutos volta-se a ter o dispositivo 100% recarregado.
O Clip é capaz de fazer de 16 quilômetros a 24 quilômetros em 45 minutos com velocidade próxima à de automóveis. Além disso, tem um controle no guidão que permite graduar a velocidade desejada.
Essa não é a primeira iniciativa do tipo, mas se destaca por algumas razões, e a primeira delas é o preço. A concorrente Rubbee custa 529 euros, algo próximo a R$ 3,5 mil; já o Clip está em pré-venda por US$ 50. Mesmo com a depreciação do real, o valor representa no câmbio atual cerca de R$ 270 — 13 vezes mais barata que a rival e 10 vezes mais barata que uma bicicleta elétrica nova.
O Clip pode ser aplicado em qualquer bike urbana, inclusive nos modelos de compartilhamento. Os desenvolvedores esperam, com isso, que a opção seja cobiçada não apenas por pessoas, mas também por empresas que administram frotas desses veículos.
O dispositivo atual está em fase avançada de produção e logo ganhará as ruas, mas ainda há ajustes a serem feitos nos próximos modelos lançados pela empresa. Uma das alterações a serem formuladas se refere à resistência contra a chuva, já que o Clip fica na roda dianteira, exposto à água em caso de precipitação.
De todo modo, o Clip encantou os entusiastas das bikes e pode ganhar a atenção de quem ainda não se decidiu pela alternativa no cotidiano. É por isto que iniciativas como essa são tão importantes: é fundamental que cada vez mais pessoas deixem o carro na garagem e apostem na mobilidade ativa.
Fonte: Ecycle, Ciclo Vivo, Clip