O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de São Paulo (SMTTRUSP) aprovou Estado de Greve, um cenário que antecede uma possível greve nos ônibus de SP. No dia 16 de maio o sindicato organizou um ato no qual houve entrega de informativos e conversa com trabalhadores. A ação aconteceu nos terminais Parque Dom Pedro II, AE Carvalho, Lapa, Santana e Santo Amaro.
A principal reivindicação é um aumento salarial de 3,20%, corrigidos pelo INPC-IBGE e com aumento real. Além disso, os trabalhadores também pedem a correção dos demais benefícios econômicos.
Ao mesmo tempo, as demandas também incluem Plano de Participação nos Lucros (PPL), convênio médico, redução da jornada de trabalho e fim da 1 hora de refeição não remunerada.
A proposta de aumento recebida foi de 2,77%, mesmo valor entregue para os metroviários e que também gerou reuniões e propostas de greve.
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Edivaldo Santiago da Silva, presidente do SMTTRUSP, afirmou em nota que a reação para essa proposta de correção salarial “foi aprovar o Estado de Greve, implantar um amplo plano de luta e mobilizações nas garagens, terminais e pontos finais”.
Em nota, Edivaldo Santiago da Silva, afirma que “Não temos interesse em prejudicar a população. Por isso, avisaremos com antecedência possível greve no sistema. Até lá, percorreremos o caminho do diálogo até o último milésimo de segundo”.
Uma nova reunião do SMTTRUSP está prevista para o final do mês. Os site da entidade afirma que “a data limite imposta pelo Sindicato para que haja um acordo entre as partes é dia 30 de maio. Se não houver diálogo, uma nova assembleia será chamada para deliberação”.
Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), entidade que representa os patrões e com a qual os trabalhadores negociam, disse estar disposto a debater.
A entidade afirmou ao Estadão Mobilidade que “está sempre aberto ao diálogo e espera que motoristas e cobradores tenham essa mesma disposição, assegurando a prestação dos serviços de transporte de passageiros, essencial à mobilidade da população paulistana”.
Por fim, o SPUrbanuss também afirmou não ter debatido reivindicações como convênio médico e diminuição da jornada de trabalho. De acordo com a entidade, “esses itens de pauta não foram discutidos, com exceção do índice de reajuste salarial oferecido que é de 2,77% pelo IPC-FIPE”.