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Entregadores que usam modais sustentáveis serão premiados com créditos de carbono

Por: Daniela Saragiotto . 26/08/2022

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Entregadores que usam modais sustentáveis serão premiados com créditos de carbono

Iniciativa, inicialmente válida para quem trabalha com moto elétrica, amplia a possibilidade de ganhos para os profissionais, que podem trocar seus créditos por dinheiro

2 minutos, 57 segundos de leitura

26/08/2022

Por: Daniela Saragiotto

Motocicleta elétrica entregadores
Iniciativa já está valendo para quem trabalha com motos elétricas e irá se estender para outros modais sustentáveis até o primeiro trimestre de 2023. Foto: Divulgação iFood

Uma parceria entre o iFood e a Ecomilhas, startup de recompensa em mobilidade sustentável, vai oferecer créditos de carbono aos entregadores parceiros que utilizarem veículos não poluentes – como bikes, e-bikes e motos elétricas – em suas entregas. Esses créditos podem ser vendidos e revertidos em dinheiro na conta desses profissionais, ampliando seus ganhos.

A iniciativa já está funcionando para entregadores parceiros que possuem motos elétricas, mediante preenchimento de cadastro na plataforma, mas a intenção é que os demais modais, como bikes convencionais e as elétricas, passem a operar no mesmo sistema até o primeiro trimestre de 2023.

Os testes já estão em andamento com alguns entregadores e os cadastros na plataforma serão liberados de forma gradual para toda a base com previsão até o 1º semestre de 2023. A projeção inicial da iniciativa é de evitar a emissão de mais de 14 milhões de toneladas de CO2 até 2025.

Estratégia

De acordo com André Borges, head de sustentabilidade do iFood, a ação faz parte da estratégia da empresa, que pretende ser carbono neutro até 2025 e ter metade das entregas feitas por modais não poluentes. “Mas não é apenas isso, nossa intenção com a parceria é também valorizar um serviço sustentável prestado pelos entregadores”, afirma.

Neste momento, os profissionais parceiros que trabalham com motos elétricas estão sendo comunicados da novidade e estão sendo convidados a se cadastrarem. “Isso acontece no aplicativo da Ecomilhas, mas já estamos trabalhando em uma integração para que tudo seja feito na nossa plataforma”, explica Borges.

De acordo com Lucas da Silva Nicoleti, CEO da Ecomilhas, o próprio profissional decide no app para qual empresa irá vender seus créditos de carbono e, depois da transação, recebe o dinheiro via PIX, o que é feito mensalmente, sempre no dia 10.

Recompensa

Quando todos estiverem aptos a fazer o cadastro, os entregadores parceiros do iFood cadastrados no Ecomilhas e que utilizam bicicletas, e-bikes e motos elétricas irão precisam submeter os seus trajetos para acumularem pontos, em um sistema muito parecido com o cashback. Um entregador que rodou 3 mil quilômetros com uma moto elétrica por um mês, por exemplo, pode ter como recompensa pela contribuição ambiental cerca de R$ 336,00.

“Para oferecer veracidade dos dados, por meio de inteligência artificial, todas as rotas passam por algoritmos que detectam velocidade, distância, duração e via para a validação dos trajetos. Cada rota é criptografada e, depois de verificada, não pode mais ser alterada com o uso da tecnologia blockchain da Ecomilhas, o que permite a auditabilidade dos percursos realizados”, explica Fernando Martins, head de Inovação Logística do iFood.

Mobilidade sustentável

“O que brilha nossos olhos é transformar as pessoas no nosso principal ativo dentro da estratégia de sustentabilidade das empresas parceiras, sem reinventar a roda, só recompensar quem usa ela da melhor forma. Depois de um cenário mundial que sair de casa se tornou cada vez mais valioso, estamos capturando esse valor com o programa de milhas urbanas”, destaca o CEO da Ecomilhas.

A plataforma e a metodologia estão sendo testadas desde março deste ano com 136 entregadores. Entre eles está Charles Oliveira da Silva, 21 anos, que trabalha utilizando bicicleta elétrica há cerca de 7 meses. “O Ecomilhas é um aplicativo muito bom e fácil de usar. No início quase não tive dúvidas. A facilidade é que faço uma graninha extra que consigo apenas me locomovendo”, conta.

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