Foram investidos R$ 160 milhões nas melhorias. Contudo, as obras levaram cinco anos, com início em janeiro de 2020. Em agosto de 2021 as passarelas, em fase inicial de construção, desabaram sobre o Rio Pinheiros. Mesmo assim, a previsão de conclusão da obra, retomada em 2023 após a paralisação por causa do acidente, era na segunda metade de 2024.

O que mudou na Estação Santo Amaro

Além das passarelas, foram instaladas oito escadas rolantes, um novo mezanino e quatro elevadores, totalizando 4.000 m² de área construída entre as plataformas. Assim, há agora duas escadas rolantes entre as plataformas 1 e 2, no nível inferior, onde passa a Linha 9-Esmeralda, levando os passageiros até o mezanino. Quando a reportagem chegou ao local, uma dessas escadas estava paralisada, com pessoas trabalhando na manutenção, mas rapidamente voltou a funcionar.

Entre o mezanino e as plataformas 3 e 4, na parte superior, são oito escadas rolantes, três de cada lado dando acesso às novas passarelas, e, além disso, duas que já existiam, ligando aos dois corredores usados para embarque e desembarque da Linha 5-Lilás. No acesso às quatro plataformas há elevadores acessíveis em funcionamento.

Na parte nova do mezanino, onde há uma sala de operações, placas continuam nas parades com os dizeres: “Esta obra vai tornar esse ambiente melhor. Agradecemos a compreensão”. O canteiro de obras, que foi colocado sobre a ciclovia da Marginal Pinheiros, bloqueando a passagem dos ciclistas, também ainda está lá, aliás. Segundo a concessionária, o canteiro será desmobilizado, dessa forma, em 90 dias.

O que dizem os passageiros

Para a analista de recursos humanos Ingrid da Costa, 37 anos, a entrega é motivo de comemoração. Ela pega o trem diariamente passando pela Linha 5-Lilás e faz integração com a Linha 9-Esmeralda até a Granja Julieta. “Eles conseguiram ampliar a parte que tem maior fluxo de pessoas, ficou melhor por conta disso, aqui é realmente muito lotado”, conta, lembrando, dessa forma, a época em que chegava às 8 horas da manhã na estação, no auge do pico da manhã.

O casal de aposentados Roberto Ferreira e Célia Regina do Campo, de 65 e 61 anos respectivamente, também comemoram, nesse sentido. Desde que Célia começou um tratamento médico nas proximidades da Estação Portuguesa-Tietê, na Linha 1-Azul, zona norte da cidade, o casal embarca no trem todas as semanas. “Ficou muito mais prático fazer a conexão. Com as escadas rolantes, é muito mais fácil. Não faltou nada, na minha opinião”, diz Célia.

O motorista de ônibus Alex de Souza, de 52 anos, trabalha no Largo Treze de Maio, em Santo Amaro, e acha que o resultado da reforma ficou “perfeito”. “Para o que estava, ficou ótimo. Na semana passada ainda não tinham liberado tudo, mas agora está 100%”, conta.