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Estresse diário e custo motivaram venda do carro e adoção da bike

Por: Léo Martins e Sandy Oliveira . 20/09/2019
Mobilidade para quê?

Estresse diário e custo motivaram venda do carro e adoção da bike

Gabriela Vuolo chegava a gastar R$ 1.300 por mês com seu automóvel; depois de reformular sua rotina, ela agora economiza

1 minuto, 38 segundos de leitura

20/09/2019

Por: Léo Martins e Sandy Oliveira

Gabriela Vuolo, de 37 anos, e seu filho aparecem ao lado do patinete e da bicicleta que utilizam na rotina diária.
A bacharel em Relações Internacionais Gabriela Vuolo, de 37 anos, e o filho usam bicicleta e patinete para a locomoção do dia a dia. Foto: Gabriela Vuolo

SÃO PAULO – O trânsito em São Paulo também foi o responsável por fazer Gabriela Vuolo, de 37 anos, que dirige desde os 18, deixar o carro na garagem e usar a bicicleta.

“Eu levava 40 minutos para levar meu filho para a escola, que fica a cinco quilômetros de casa, no Alto de Pinheiros (na zona oeste). Passava mais tempo com ele no carro do que em casa brincando. Isso que me deu o primeiro estalo”, conta a bacharel em Relações Internacionais.

Gasolina, seguro, estacionamento, manutenção. Fora o estresse diário, conta Gabriela, o custo mensal do carro chegava a R$ 1.300. Ao colocar na ponta do lápis e contabilizar o prejuízo, ela reformulou sua vida e sua rotina.

“Mudei meu filho para uma escola em que eu levasse ele a pé ou de patinete, a um quilômetro de casa. Ele começou a ir para escola de patinete na hora do almoço e, depois, eu o pegava de bicicleta e voltávamos juntos”, afirma. “Claro que moramos em Alto de Pinheiros, bairro com calçada boa. Estamos falando de uma bolha. Isso não é viável para a maior parte das pessoas de São Paulo.”

A dificuldade de adaptação ao novo transporte, conta Gabriela, foi ter que reestruturar algumas tarefas semanais, como ir ao mercado.

“Tive que reformular o jeito de pensar nas compras. Não podia fazer muitas compras de uma vez porque não tinha como levar para casa”, afirma.

O carro? Gabriela arrumou um comprador e conseguiu vendê-lo. No dia de entregar o automóvel, deixou a chave e outra lembrança inusitada.

“Deixei uma carta no porta-luvas do carro para que ele se conscientizasse. Nela, expliquei por que da minha opção de vender o carro e disse que cada pessoa numa bicicleta na rua era um carro a menos no trânsito.”

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