Falta de energia? Saiba por que o metrô não para
O sistema de energia que abastece o sistema de transporte sobre trilhos é diferente do responsável por alimentar a cidade de São Paulo
Com as chuvas e a ventania que ocorreram semana passada, a cidade de São Paulo está vivendo até esta segunda-feira (15) um caos no sistema de energia elétrica, com muitos bairros ainda sem luz e demora para restauração da normalidade. Mas, mesmo nesse cenário de caso, o metrô de São Paulo não foi afetado pela falta de energia. Isso porque o sistema tem um sistema de alimentação distinto do que energiza a capital paulista.
Segundo o Metrô, a operação do sistema é abastecida por subestações de energia elétrica, que não são as mesmas que alimentam a cidade. Essas subestações do metrô recebem cerca de 88 mil volts de tensão elétrica e rebaixam essa tensão para 22 mil volts. De acordo com o Metrô, na Linha 1-Azul, por exemplo, são três subestações localizadas nos bairros do Canindé, da Saúde e do Cambuci. Se em uma dessas subestações faltar energia, as outras compensam o abastecimento para que a operação não seja prejudicada.
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Chegando em cada uma das estações da linha, escalrece a empresa, existem dois tipos de subestações: a retificadora, que absorve os 22 kV de energia e os transforma em 650 Volts em corrente contínua, responsável por alimentar o terceiro trilho do trem. Há ainda uma subestação auxiliar, que também recebe os 22 kV e os converte para 460 Volts para abastecer os equipamentos pesados das várias estações das linhas, como escadas rolantes e sistemas de ventilação.
Ainda há a transformação dos 460 V para 220 V, que alimenta as demais cargas, como tomadas e iluminação. Então, todo o sistema do metrô independe do que está acontecendo na rua. Isso porque o metrô recebe uma tensão muito maior em subestações diversas.
A falta de energia geral em um blecaute
Caso haja um apagão geral em grande parte do Brasil, como um blecaute, por exemplo, o Metrô de São Paulo ainda possui um gerador a diesel em cada estação responsável por alimentar as estações com combustível para manter a operação em funcionamento. Nesse caso, os trens, que são alimentados de outra forma, acabam ficando sem energia.
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A energia dos trens é transmitida de duas maneiras
Após a energia passar pela subestação retificadora em cada parada do metrô, informa a empresa, a energia é convertida em alternada e contínua. Nesse caso, a energia alternada irá passar por mais uma transformação para alimentar iluminação e tomadas, enquanto a contínua alimenta os trilhos.
Essa eletricidade é transmitida aos trens pelos trilhos e rolagem, em que passam as rodas do trem e o terceiro trilho lateral, que abastece o veículo por meio da sapata, nome dado a uma placa conectora que desliza sobre o terceiro trilho. Por fim, a energia é transmitida até os motores, fazendo o trem se movimentar.
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