O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, propôs criar um conceito de mobilidade estudantil. A proposta foi apresentada durante um fórum com presidentes da América do Sul.
Assim, o objetivo da proposta é integrar países da América do Sul. Tanto para estudantes quanto pesquisadores, além de facilitar acordos comerciais
A reunião foi realizada em 30 de maio. Além de Lula, participaram do fórum presidentes de 10 países: Equador, Colômbia, Guiana, Paraguai, Suriname, Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Bolívia.
De acordo com Lula, um programa de mobilidade regional poderia beneficiar estudantes, pesquisadores e professores no ensino superior. O presidente reforçou que essa integração foi essencial para a consolidação da União Europeia.
O projeto seria nos moldes do Erasmus, programa de intercâmbio educacional e cultural da União Europeia. Em suma, o projeto permitiria que estudantes universitários realizassem parte dos estudos em outros países da região.
Com isso, seria possível proporcionar uma experiência de imersão em uma cultura diferente. Além disso, traria a oportunidade aos alunos de estudarem em uma instituição de ensino superior estrangeira.
Deste modo, haveria cooperação internacional e entendimento mútuo entre os países da América do Sul. Da mesma forma que ocorre hoje na Europa.
No caso do Erasmus, o programa oferece suporte financeiro aos estudantes por meio de bolsas de estudo. Assim, os valores cobrem custos de moradia, transporte e subsistência no período do intercâmbio.
Embora as sugestões tenham sido apresentadas no fórum, o presidente esclareceu que os pontos são apenas sugestões. Portanto, os temas ainda seriam debatidos pelos presidentes dos respectivos países.
O presidente Lula também apresentou outros temas durante o fórum. Entre eles está a criação de uma moeda comum entre os países da região.
Ainda no setor de economia, Lula propôs colocar a poupança regional para trabalhar em prol do desenvolvimento econômico e social. Na prática, os bancos de desenvolvimento seriam mobilizados, como a CAF, o Fonplata e o BNDES.
Em infraestrutura, há uma proposta para integração física e digital dos países. Para isso, seria fundamental a atualização da carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN).
Além disso, Lula apresentou a ideia de regulação para facilitar trâmites. Por exemplo, a exportação e importação de bens entre os países.
Outros pontos incluem a atualização da cooperação entre os países. Envolvendo investimentos em serviços, comércio eletrônico e a política de concorrência.
Já no tema de meio ambiente, o foco são as ações para enfrentar as mudanças climáticas. Em saúde, a ideia é reativar o Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal e ampliar o atendimento à população carente e povos indígenas.
Por fim, no tema energia, Lula propõe lançar um debate sobre a constituição de um mercado sul-americano de energia. Assegurando, portanto, eficiência no uso de recursos da região. Já em defesa, o presidente quer retomar a cooperação para ampliar a capacidade de formação, treinamento e troca de experiências na indústria militar.