Motociclistas sobem o vulcão ativo mais alto do mundo em menos de 24h


08/01/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 50 segundos

Um grupo de motociclistas enfrentou um desafio nas alturas. Quatro pilotos, ao guidão da nova BMW R 1300GS, subiram ao topo do Nevado Ojos del Salado, o vulcão ativo mais alto do mundo, no Chile. O grupo foi do nível do mar, no litoral chileno, a 6.006 m em apenas 19 horas e 22 minutos em 7 de dezembro de 2023.

As motos BMW R 1300GS usaram pneus de uso misto Metzeler Karoo 4, homologados para a aventureira. A expedição envolveu ainda uma rota de aclimatação subindo as encostas do Nevado Ojos del Salado, localizado na fronteira entre Argentina e Chile. Com 6.891 metros, trata-se do vulcão ativo mais alto do mundo, e seu gêmeo, o Nevado de Incahuasi, tem 6.610 de altura.

Após 19h e 22 minutos, o grupo chegou a 6.006 metros acima do nível do mar em dezembro passado

Os motociclistas, então, desceram ao nível do mar às margens do Oceano Pacífico, na Bahia Inglesa. De lá partiram para a aventura às 15h (horário local) em 6 de dezembro, cruzando o Deserto do Atacama. Depois, os motociclistas subiram o vulcão e ultrapassaram com sucesso os 6.000 metros acima do nível do mar em menos de 24 horas. A meta foi atingida às 10h22 do dia 7 de dezembro.

Os pilotos ao guidão da R 1300 GS foram quatro. Além de Salvatore Pennisi, diretor de Testes e Relações Técnicas da Metzeler, Christof Lischka, chefe de Desenvolvimento da BMW Motorrad, também participou da expedição. Michele Pradelli, campeão italiano de Enduro Extremo e piloto de testes da revista italiana InMoto, e Karsten Schwers, piloto de testes e jornalista da revista alemã Motorrad, completaram o grupo.

Desafios da expedição ao vulcão

O Nevado Ojos del Salado submeteu motos, pneus e pilotos a um teste muito difícil em condições extremas. Dos mais de cinco mil metros acima do nível do mar ao frio e à pressão atmosférica reduzida, que exigiu uma gestão perfeita da mistura ar-combustível, assim como a confiabilidade de cada componente dos veículos. Já os pneus Metzeler tiveram que atravessar terrenos de todos os tipos, como pedras, estradas de terra, areia e, por fim, neve e gelo no caminho.

Pedras no caminho
Areia foi desafio
Pneus Metzeler Karoo 4
Grupo de motociclistas levou menos de 20h para completar o desafio

Os participantes da expedição precisaram se preparar para enfrentar esforço físico e mental considerável. Não só porque a subida, que partiu de Bahia Inglesa, no Oceano Pacífico, foi concluída em menos de 24 horas. O que exigiu, portanto, uma aclimatação cuidadosa e cansativa nos vários acampamentos em diferentes altitudes nos dias anteriores à empreitada.

Mas também porque, acima de 5.000 metros, trata-se de um ambiente inóspito para o ser humano. As temperaturas são muito baixas, em torno de -10° C durante o dia, com temperaturas que podem chegar a -20° C à noite, e os níveis de oxigênio são menores.

Os participantes fizeram exames e testes médicos na Universidade Kore de Enna, na Itália, antes do desafio. Eles também fizeram uma simulação da empreitada na Sicília. O plano de fundo foi o Etna, o vulcão ativo mais alto da Europa, numa reprodução simbólica dessa simulação de altitude elevada.