As motos off-road (ou motos de trilha) são modelos cada vez mais usados em competições de fora-de-estrada. Oferecem alta dose de emoção e custam a partir de R$ 14 mil. Porém, não podem rodar em vias de asfalto, tampouco podem ser emplacadas.
As motos para pilotar em trilhas e terrenos acidentados herdam boa parte da tecnologia dos modelos de motocross, com motores superpotentes, suspensões poderosas de longo curso e baixo peso. Porém, tem grandes diferenças para poderem rodar com certo conforto e autonomia em estradas rurais. Dentre as comodidades, as off-road têm farol, painel com hodômetro e até mesmo partida elétrica.
Porém, tudo vai depender da capacidade de pilotagem. Pois assim como acontece com outros tipos de motocicletas, o ideal no fora-de-estrada (além de curtir a natureza, claro) é começar com modelos menores e de potência mais contida, para pegar o jeito de pilotar em terrenos difíceis.
Feita essa primeira etapa, daí é seguro partir para o topo da “cadeia alimentar”, como mostram as motos a partir de 350 e 500 cm³ que listamos a seguir. De desempenho muito mais esportivo, demandam destreza do piloto.
Por serem produtos para recreação, tais motos trazem apenas a numeração do motor e do chassi, os quais são atrelados à nota fiscal. Ou seja, por não terem numeração de RENAVAM, não tem possibilidade de emplacamento.
A seguir, conheça cinco destaques de motos de trilha vendidas no mercado interno:
Montada pela marca japonesa em Manaus, a compacta e leve TT-R tem motor de manutenção simples. Seu desempenho é esperto e, com 230 cm³ é alimentado por carburador, tem cabeçote de duas válvulas e refrigeração a ar. A transmissão de seis marchas ajuda a dosar a performance da moto.
Para quem está começando no fora-de-estrada, a TT-R se destaca por ser amigável de guiar, com apenas 115 kg totais.
Destaque para o tanque de combustível de 8 litros, maior que a média e o qual permite rodar em torno de 140 km sem parada para reabastecer. A Yamaha está disponível apenas na cor azul e custa R$ 13.590 sugeridos, sem contar os cerca de R$ 900 do frete.
Além do design esguio e o chassi tubular, a nova integrante da gigante nipônica se sobressai justamente pelo motor. É basicamente a mesma compacta e econômica máquina que equipa a urbana Twister 250, com injeção eletrônica.
Maiores diferenças são o fato de aceitar apenas gasolina (e não mais etanol), e ter cinco, em vez de seis marchas.
Seus números de potência (22,2 cv a 7.500 rpm) e torque (2,28 kgfm a 6.000 rpm) denotam um desempenho mais afiado para os iniciantes e até quem já pilota há mais tempo; diante de seus leves 114 kg. O tanque comporta apenas 6 litros.
Por ser produzida na Zona Franca de Manaus e compartilhar o trem de força com a Twister, a montadora conseguiu um preço competitivo: R$ 15.596 sugeridos.
Na linha de cilindrada maior, a Kawasaki KLX se destaca pelo custo-benefício interessante. Por R$ 31.790 sugeridos, se tem uma legítima herdeira das motos de cross, com adição de farol, partida elétrica e assento com mais espuma – bastante alto, a 94 cm do solo.
O motor já oferece “cilindrada” e potência para pilotos mais entendidos (são cerca de 42 cv), junto de suspensões topo de linha – traseira com amortecedor ajustável em carga – e o diferencial do parrudo chassi de alumínio, herança direta das famosas cross da marca.
Além disso, a “verdona” sai com painel digital, mini-lanterna traseira de LED e carburação “afinada” da Keihin. Seu peso é de 126 kg toda abastecida, enquanto o tanque comporta 8 litros.
Seguindo seu lema de “pronta para correr”, a austríaca KTM 350 é uma das motos mais poderosas para quem quer subir de degrau no mundo off-road. Segundo a marca, se trata de uma enduro “com maneabilidade próxima à de uma 250, e desempenho que beira o de uma 450”.
Nada mal, levando em conta que nesta categoria superior de moto, já se agrega chassi especial, feito de aço cromo-molibdênio, e muita adrenalina no motor de um cilindro e cerca de 35 cavalos. O peso? Apenas 104 kg sem ser abastecida.
Suspensões são poderosas, com garfo invertido WP na dianteira e traseira com ajustes e reservatório auxiliar a gás. Tanque de combustível, com 8,5 litros, é feito de polietileno quase transparente, o que permite olhar se a gasolina está “secando”.
O valor pedido pela máquina é de R$ 52.000.
Mantendo sua fama de moto afiada para ralis e enduros, atualmente a sueca Husq FE 501 é produzida pela KTM na Áustria. Ou seja, a nova FE 501 da foto marca sua presença como o “topo” do fora-de-estrada mundial, aqui vendida oficialmente por R$ 75 mil.
Dona de um estilo próprio, a moto traz motor de 501,9 cm³ de um cilindro, cerca de 48 cavalos de potência e suspensões especiais – dianteira da grife WP e traseira com reservatório a gás.
Dotada de um chassi de cromo-molibdênio, a 501 é levíssima (108 kg sem abastecer o tanque de 9 litros) e incorpora uma moderna injeção eletrônica. Tal sistema agrega dois modos de entrega de torque e também controle de tração, ambos ajustáveis pelo punho.
Feita para quem entende do assunto, a FE 501 é uma das preferidas para provas longas e difíceis, a exemplo do rali dos Sertões.