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‘Planejar a mobilidade é fundamental em grandes eventos’, diz diretor de operações da CCR

Por: Daniela Saragiotto . 13/06/2024

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Mobilidade para quê?

‘Planejar a mobilidade é fundamental em grandes eventos’, diz diretor de operações da CCR

Parque da Mobilidade Urbana, realizado nos dias 13 e 14 na capital paulista, reúne diversos especialistas para discutir a mobilidade nas cidades

2 minutos, 55 segundos de leitura

13/06/2024

Por: Daniela Saragiotto

Painel de abeRtura do PMU 2024_divulgação PMU
Da esq. para a dir.: Francisco Pierrini (CCR), Sérgio Avelleda (mediador), Marcela Costa (CCR) e André Isper Rodrigues Barnabé (governo do Estado de São Paulo). Foto: Diego Leão

A importância da mobilidade na realização de grandes eventos em metrópoles foi tema do painel de abertura do Parque da Mobilidade Urbana, evento que acontece nesta quinta (13) e sexta-feira (14) na Arca, na capital paulista. “As metrópoles disputam para serem sedes de tais eventos, pois eles geram muitos recursos. Mas é fundamental que haja uma estratégia, pois congestionamentos e reclamações das pessoas que vivem no entornos de estádios e outros locais do tipo podem contribuir para uma imagem negativa da ação”, diz Sérgio Avelleda, sócio fundador da Urucuia Inteligência em Mobilidade Urbana, e mediador do painel que reuniu diversos especialistas.

Marcela Costa, consultora de desenvolvimento de negócios CCR e uma das palestrantes, trouxe como exemplo a estratégia adotada pela empresa durante a organização do The Town, festival de música e cultura realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e que foi considerado o maior da história do autódromo.

Durante os cinco dias de apresentações, a CCR, por meio da ViaMobilidade, que administra as linhas 8 e 9, adotou trens expressos (com partidas nas estações Barueri e Pinheiros em direção à Estação Autódromo) e semi-expressos, com nove pontos de partida, também em direção à Estação Autódromo.

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Segurança e rapidez

De acordo com Marcela, a estratégia foi traçada levando em conta as necessidades dos usuários de chegar e, principalmente, sair do evento com segurança e rapidez e as demandas das pessoas que moram no entorno. “Desenhamos uma operação em três pilares: oferecer um serviço de qualidade, minimizar o impacto no usuário – tendo em vista que passageiros regulares também levam vida normal e pegam o transporte nos dias de show) e gerar engajamento”, explica.

Uma plataforma foi criada para compra dos ingressos para os trens expresso e semi-expresso, que também fez o agendamento das viagens dos usuários. Como resultado, a Estação Autódromo, que recebe normalmente 8 mil pessoas por dia, recebeu 65 mil durante o festival, com 60% do público presente no The Town tendo usado o sistema de transporte público. “O segredo do sucesso é planejamento. Fizemos uma pesquisa de satisfação, quantitativa e qualitativa, e tivemos em torno de 90% de satisfação pelo serviço prestado”, afirma Francisco Pierrini, diretor de operações da CCR.

Poder Público

A parceria com os gestores de sistema de transporte também foi mencionada como fundamental para o sucesso da ação. Marcela explica que para amortizar os custos extras – como um enorme contingente adicional de funcionários – a empresa lançou mão de um recurso previsto no contrato de concessão, que é a possibilidade de gerar receitas extras.

“Negociamos pacotes de mídia nas estações e abrimos espaço para muitas marcas que quiseram expor em meetings points ambientados que proporcionaram interação com o público”, explica Marcela.

Todo o processo foi feito com o apoio do governo do Estado. “Felizmente, nosso contrato de prestação de serviços oferece essa possibilidade e assim fizemos. Antes, fizemos um estudo operacional para garantir a oferta de transporte sem prejudicar o serviço usual. Foi uma experiência exitosa e, certamente, outras virão”, diz André Isper Rodrigues Barnabé, secretário executivo de parcerias em investimentos do governo do Estado de São Paulo.

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