O Plano Cicloviário Municipal de Ribeirão Preto deve considerar a projeção até 2040. Além da estrutura, o documento deve contemplar também condições de trânsito para os ciclistas em toda a cidade. Ou seja, o objetivo é trazer um planejamento integrado.

De acordo com a Prefeitura, 23 km de ciclovia são recentes, construídos por meio do Ribeirão Mobilidade. Outros 2 km ainda serão criados com as últimas obras viárias que integram o programa municipal.

“Cidade de clima tropical, com poucas chuvas, bastante plana. E uma população que já incorporou naturalmente o uso da bicicleta em seu cotidiano, sobretudo em momentos de lazer. Temos, portanto, o cenário ideal para promover esta prática como modal de transporte e não apenas recreativamente, já que se trata de algo de tanta importância para a saúde física da população e para o meio ambiente”, afirmou o prefeito Duarte Nogueira, em nota.

Abrangência do plano cicloviário

O plano cicloviário deve abranger todo o território municipal, considerando sobretudo a área urbana. Já do ponto de vista institucional, o documento deve considerar os aspectos pertinentes à regulação legal e à estruturação administrativa.

Além disso, o plano deve levar em consideração também a proposição de políticas e ações de caráter promocional, educacional e de viabilização econômico-financeira.

Após vencer a licitação, a empresa deverá apresentar um diagnóstico da rede cicloviária da cidade. Considerando características e condições físicas, econômicas, técnicas, normativas e funcionais da cidade, considerando as áreas que receberão as intervenções.

Outra missão da empresa ou consórcio será estimar um cálculo de demanda e fazer as análises correspondentes ao projeto. Também será preciso estabelecer as características técnicas de desenho e estruturação para a rede cicloviária, entre outros aspectos.

Em Ribeirão Preto, a Pesquisa Origem-Destino, realizada em 2011, mostra que a maioria das viagens foram realizadas pelos modos individuais motorizados de transporte (52%). Por sua vez, os modos ativos não passam dos 25% das viagens realizadas.

Dentre os modos ativos, apenas 3% correspondem à bicicleta. Já o transporte coletivo representa 18% desse total.

Entretanto, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), por meio da Lei Federal nº 12.587/2012, estabelece que os municípios garantam prioridade aos modos ativos e coletivos de transporte. Por isso, as cidades devem promover infraestrutura urbana adequada para a circulação de pedestres e ciclistas, com plena acessibilidade.