Este é o terceiro de quatro posts sobre as propostas de mobilidade urbana dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. As ideias de Bruno Covas para o transporte público já foram apresentadas aqui no Mobilidade. Assim como as propostas de Guilherme Boulos.
Nesta segunda parte da entrevista com o atual prefeito, os temas são as ciclovias, a mobilidade ativa, além da segurança no trânsito da cidade de São Paulo.
Bruno Covas: O Plano Cicloviário prevê a implantação, até o final do ano, de 173,5 quilômetros de conexão e 310 de requalificação da rede, transformando, efetivamente, a bicicleta em um modal de transporte na cidade. As ciclovias e ciclofaixas passaram a fazer parte de uma rede conectada, e não apenas segmentada em pequenos trechos, chegando aos terminais de ônibus, estações de trem e de metrô. Até o fim deste ano, São Paulo terá a maior malha dedicada às bicicletas dentre todas as capitais brasileiras, com 676 quilômetros
. Uma parte das ciclovias criadas em gestões anteriores foi feita sem critérios técnicos, o que nos obrigou a rever alguns trechos.
Covas: A ampla reforma de calçadas que estamos realizando tem um modelo definido pensando na mobilidade e na acessibilidade, com piso tátil para deficientes visuais. No total, 1,5 milhão de metros quadrados de passeios públicos estão ou entrarão em reforma, ainda neste ano, em polos de grande circulação, próximos a hospitais, estações de metrô, centros comerciais e escolas.
Esse processo envolveu uma mudança na forma como esse tema era tratado pelas administrações anteriores. Antes, a Prefeitura apenas multava os cidadãos que não mantinham as calçadas de seus imóveis. Agora, encaramos as calçadas como uma questão de política pública. Cerca de um terço dos deslocamentos que acontecem na cidade é realizado a pé. Importante dizer também que regulamentamos o Estatuto do Pedestre, que consolida legalmente uma série de programas importantes da Prefeitura voltados para a mobilidade ativa, como o Plano Emergencial de Calçadas, que está requalificando 1,5 milhão de metros quadrados de calçadas até o fim do ano, em áreas das 32 subprefeituras.
Covas: A maior causa de acidentes ainda é o desrespeito às leis e à sinalização de trânsito. Nossa gestão tomou diversas medidas para aumentar a segurança nas ruas e avenidas da cidade. Atualmente, temos o menor índice de acidentes fatais da série histórica, com 6,09 mortes por 100 mil habitantes (dados de junho). Na própria Marginal Pinheiros, houve restrição da circulação de motocicletas na pista expressa, sentido Castello Branco, o que, junto com outras ações, resultou em uma redução de 18% no número de óbitos de motociclistas, em 2019.
Apresentamos, em 2019, nosso Plano Municipal de Segurança Viária, o Vida Segura, que estabeleceu a destinação de R$ 35 milhões para intervenções de segurança viária. O plano também inclui a criação de Áreas Calmas, Rotas Escolares Seguras e do Programa de Orientação de Travessias.
As informações são de responsabilidade dos candidatos.