O roubo e furto de motos no Estado de São Paulo praticamente dobrou no primeiro semestre de 2023. Entre janeiro e junho deste ano, houve 794 ocorrências desse tipo de crime. Volume representa, praticamente, o dobro do registrado no mesmo período de 2022 (400 ocorrências). Os dados estão no Boletim divulgado em parceria pela Tracker, empresa de rastreamento, e a Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).
Diferentemente das motos de baixa capacidade, nas quais predomina o furto, nas motos acima de 600 cc os roubos são mais comuns. Entre as 794 ocorrências, 613 se caracterizam como roubo, ou seja, quando os bandidos usam força ou violência para levar a moto.
De acordo com o coordenador do comando de operações do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, isso está atrelado ao perfil do motociclista e à utilização desse tipo de moto. “O proprietário costuma utilizar estes modelos para o lazer. Portanto não deixa o veículo estacionado nas ruas, local onde normalmente acontecem os furtos. As motos grandes ficam nas garagens ou em estacionamentos fechados. Paralelo a isso, esses modelos são mais utilizados aos fins de semana, momento em que o proprietário é abordado pelos bandidos”, revela Corrêa.
Houve um aumento de 83,53% nas ocorrências de roubo, no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. A situação dos roubos de motocicletas de alta cilindrada no Estado de São Paulo tem se agravado consistentemente desde 2022. O aumento de ocorrências é particularmente alarmante, pois mostra um padrão claro de crescimento contínuo e preocupante”, analisa o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP, Erivaldo Costa Vieira.
Embora os roubos sejam maioria, o crescimento das ocorrências de furto também preocupa. O total registrado nos seis primeiros meses de 2023 já superou todo o ano de 2022, com 181 casos.
“Entre 2021 e 2022, houve um salto de 50% nesse tipo de ocorrência. No primeiro semestre de 2023, a situação tornou-se ainda mais alarmante, registrando um crescimento substancial de 174,24% em comparação com o primeiro semestre de 2022”, alerta o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP.
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