‘Trem de cabeça para baixo’: entenda o modal e conheça 5 locais em que ele opera

Primeiro veículo do tipo foi criado na Alemanha em 1901 e ainda hoje presta serviço. Foto: Adobe Stock

11/09/2024 - Tempo de leitura: 3 minutos, 39 segundos

Trem de cabeça para baixo, monotrilho suspenso ou até mesmo “aerotrem”. O modal, que existe apenas no Japão, China e Alemanha nada mais é do que um monotrilho. No entanto, seu funcionamento curioso não deixa de intrigar e atrair turistas.

Os exemplares desse meio de transporte percorrem trajetos sobre rios, áreas montanhosas e até mesmo paisagens turísticas. Diferentes tecnologias, como baterias de lítio, são usadas para alimentar o modal.

Conheça, a seguir, cinco lugares onde é possível andar em um ‘trem de ponta-cabeça’ e descubra um pouco mais sobre a história desse tipo de meio de transporte.

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Wuppertal, na Alemanha

Somente duas estações da linha estão no nível do solo. Foto: Adobe Stock

O trem de cabeça para baixo na cidade de Wuppertal, na Alemanha, foi o primeiro do tipo em todo o mundo, inaugurado em 1901. Conhecido como Schwebebahn, o monotrilho suspenso é um meio de transporte muito usado pelos moradores do município, com 80 mil passageiros diários.

O modal percorre 13 km pela cidade, passando sobre o rio Wupper e transportando pessoas por 20 estações. De acordo com a administração, todo o percurso da linha pode ser feito em cerca de 30 minutos.

Shonan Monorail, no Japão

O trem conta com programas especiais para turistas. Foto: Divulgação/Shonan Monorail

O trem de ponta-cabeça entre Kamakura e Enoshima, no Japão, se apresenta como o meio de transporte mais rápido para percorrer essa rota. O caminho é feito em 14 minutos usando o modal, em comparação com os 20 minutos de trem. O Shonan Monorail foi o primeiro veículo do tipo no Japão.

Em seu trajeto, o modal passa por dois túneis. Imagem: Divulgação/Shonan Monorail

Com 6,6 km de extensão e oito estações, o modal tem 54 anos e é uma opção para trabalhadores e turistas que desejam conhecer a rota. Por fim, o meio de transporte também se destaca como uma atração turística devido às suas mudanças de altitude e travessias por túneis durante o trajeto. Em sua área mais íngreme, o modal sobe 70 metros enquanto percorre 1.000 metros.

Chiba Urban Monorail, no Japão

O trem de ponta cabeça com o trajeto mais longo do mundo está no Japão. Foto: Divulgação Chiba Urban Monorail.

Com 15,2 km de extensão, esse é o monotrilho suspenso com a linha mais longa do mundo. O Chiba Urban Monorail, na cidade de Chiba, no Japão, é a forma que município encontrou, em 1988, para solucionar problemas de tráfego e, ao mesmo tempo, o barulho excessivo na cidade.

O modal possui 18 estações em duas diferentes linhas. Os trajetos compartilham as três primeiras estações e, em seguida, percorrem caminhos distintos. Sendo assim, a Linha 1 possui três estações próprias e 3,2 km, enquanto a Linha 2 conta com 12 estações e 13 km.

Chengdu, China

Com amplas janelas laterais, o veículo permite que os passageiros apreciem a paisagem. Foto: Divulgação/Xinhua

A cidade de Chengdu, na China, é um santuário onde os pandas vivem e se reproduzem. Por isso, o local inaugurou em 2021 uma linha de monotrilho suspenso que se parece com um panda. O veículo utiliza baterias de lítio como forma de propulsão e pode alcançar até 80 km/h.

O modal percorre 11,3 km na cidade e tem quatro estações. O principal foco é aliviar o tráfego local e ser uma atração turística. Sendo assim, é uma opção tanto para os moradores locais quanto para os curiosos que desejam conhecer os pandas da região.

Wuhan, China

Trens suspensos são uma atração turística na cidade. Foto: Divulgação/Xinhua.

Por fim, nossa lista tem o Optical Valley Skyrail, em Wuhan, na China. O veículo pode alcançar até 60 km/h e percorre uma linha com 10,5 km e seis estações. Os pisos dos vagões são de vidro, o que permite aos passageiros observar a cidade abaixo.

A inauguração do modal ocorreu em 2023. De acordo com a empresa responsável, toda a operação é feita de forma automática e não requer intervenção humana, nem mesmo na abertura e fechamento das portas dos vagões.