Após a queda do muro de seu muro, Berlim passou por um redirecionamento que a fez ser uma referência mundial em pesquisa e inovação. Com desafios que passam pelo crescimento acelerado, envelhecimento da população, carência de habitação e, principalmente, escassez de recursos naturais como água, energia e espaço para áreas edificáveis, a cidade aposta em iniciativas inteligentes a partir do desenvolvimento e inovação voltados para a construção do planejamento urbano sustentável.
De acordo com o Startup Ecosystem Report de 2017, a Alemanha possui o segundo melhor ecossistema de startups da Europa e o sétimo do mundo, sendo que a cada 10 startups, 6 estão estabelecidas em Berlim. Isso só é possível graças ao programa Smart City Berlin, uma vez que esse estruturou o contato entre empresas, instituições de ensino e governo de maneira mais eficiente e em prol de um objetivo comum: soluções sustentáveis, sociais e econômicas para o planejamento urbano.
Além disso, Berlim é líder mundial em mobilidade urbana, segundo o estudo Mobility Futures, graças à extensa variedade de modais que permitem uma melhor infraestrutura para o transporte público e a mobilidade ativa. Com investimentos extensos na área, a cidade também se tornou modelo em mobilidade elétrica com o programa ‘BeMobilty’, contando com diversas estações de recarga.
Berlim também conta, desde julho de 2020, com o projeto de bairro inteligente da Panasonic que tem como principal objetivo a descarbonização da cidade. O bairro, que leva o nome “Future Living Berlin”, é constituído de 90 apartamentos com painéis fotovoltaicos que possuem um sistema de gerenciamento e economia de energia. Construído em uma área de 7.604m², o bairro aposta na conexão entre a sustentabilidade e tecnologia para constituir um bairro humano, conectado e, principalmente, inteligente.
Tendo em vista a redução de recursos naturais, a cidade aposta em fontes renováveis de energia com o objetivo de potencializar a eficiência dos recursos até 2050. Com isso, Berlim também investe na mitigação dos efeitos colaterais dos grandes centros urbanos, como a poluição ambiental, formas de doenças relacionadas com o stress e comprometimento da sensação de segurança. A cidade inteligente é justamente aquela que aposta no desenvolvimento sustentável ao mesmo tempo que investe no lado humano que compõem o espaço urbano.