São poucas as categorias de automobilismo no mundo que podem comemorar uma longevidade tão grande. Desde o longínquo 22 de abril de 1979 que a Stock Car Pro Series, ajudando a divulgar o modelo Chevrolet Opala 250S, vem cativando o público, revelando ídolos e lotando autódromos. Com apoio da Chevrolet, o Opala sempre foi o conjunto mecânico no qual a categoria se baseou até 1994, quando estreou o modelo Omega, que seria utilizado até 1999, precedendo o maior salto técnico experimentado pela série e a entrada de novas montadoras.
Desde o primeiro título do paulista Paulo Gomes, em 1979, a Stock Car revela ídolos que se identificam com o público, como Raul Boesel, que saiu da Stock para ganhar a Europa e os Estados Unidos, pilotando na F1 e Indy, e Ingo Hoffmann, que fez o trajeto inverso, voltando da F1 para a Stock Car. Chico Serra, também egresso da F1, foi outro nome que passou a integrar o grid da Stock Car.
O ano 2000 não traria apenas um carro completamente novo, um chassi tubular especialmente projetado para a Stock Car, mas também a profissionalização radical da categoria. Foi o último ano do tradicional motor 6 cilindros em linha ainda derivado do Opala. Em 2001, estreava um propulsor V8 norte-americano bem mais potente.
Na esteira dos investimentos, surgiram as megaequipes e os pilotos profissionais. Aparecia então uma nova geração, alguns filhos de campeões, como Marcos Gomes, filho do tetracampeão Paulo Gomes, e Daniel Serra, primogênito do tricampeão Chico Serra. A nova geração trouxe Cacá Bueno, Ricardo Maurício, Thiago Camilo, Allam Khodair, Sérgio Jimenez, Átila Abreu, Ricardo Zonta, que hoje já são considerados veteranos. Serão quatro ex-pilotos de F1 em 2021, além do paranaense Zonta, aparecem Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet e, a grande novidade, Felipe Massa, que, ao lado de Tony Kanaan, são os grandes nomes que ingressam na Stock Car neste ano.
Divididos entre os modelos Chevrolet Cruze e Toyota Corolla, os 30 carros inscritos disputarão 24 corridas em dez eventos, sendo dez em domingos e duas com provas no sábado (veja calendário abaixo). A primeira prova terá 25 minutos e, sem parar os carros no grid, os pilotos farão uma volta de realinhamento, com inversão dos dez primeiros, e largarão para outra corrida de 20 minutos.
Com 24 etapas em jogo, não é difícil prever disputas emocionantes em altíssimo nível em cada uma, já que a categoria é uma das mais equilibradas do mundo, constantemente mostrando mais de 20 carros dentro de apenas meio segundo de diferença.
O tricampeão Ricardo Maurício defenderá seu título a partir do próximo dia 25, no Autódromo de Goiânia. São várias opções para assistir às provas. A Band transmitirá as etapas em TV aberta, e o Sportv a seus assinantes. Já a plataforma digital da Stock Car exibirá as provas ao vivo e com sinal aberto para todas as regiões do mundo, em acordos com as principais redes sociais, como Instagram, Youtube e no canal AutoVídeos, no Facebook, que conta com mais de 1,5 milhão de inscritos.
Toda quarta-feira, haverá informações sobre a categoria no caderno Mobilidade Estadão e no portal mobilidade.estadao.com.br.
25 de abril – Goiânia
16 de maio – Interlagos
20 de junho – Velocitta (duas etapas)
11 de julho – Cascavel
1º de agosto – Curitiba
22 de agosto – Curitiba
19 de setembro – Santa Cruz do Sul
24 de outubro – Velocitta (duas etapas)
21 de novembro – Goiânia
12 de dezembro – (a definir)