Esse acordo foi formalizado em 11 de agosto, em uma parceria entre a prefeitura, a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Estão previstas estações nas orlas das Amendoeiras, em São José do Imbassaí; do Parque Nanci e de Araçatiba; além de pontos na Barra de Maricá, Jacaroá, Bambuí e Guarapina. Além disso, haverá integração ao “Caminho das Artes”, um futuro complexo de lazer e cultura com museus, praça, espaço de convivência e áreas de recreação.

“A partir desse novo modal, os cidadãos vão poder circular pelas lagoas de Maricá gratuitamente. Vamos melhorar também o fluxo de cargas. Tudo está planejado, assim como um ferryboat no futuro, que vai ligar Ponta Negra ao aeroporto Santos Dumont. É uma revolução”, diz o prefeito Washington Quaquá (PT).

Custos de um transporte aquático gratuito

Conforme a prefeitura, ainda não há definição se os recursos para viabilizar a gratuidade desse transporte virão dos royalties de petróleo. Porém, o prefeito ressalta que antes mesmo da cidade arrecadar os royalties, já havia implementado o transporte público gratuito.

“Uma vez estabelecidas futuramente rotas para fora de Maricá, com outras cidades, novos estudos serão feitos para averiguar se alguma cobrança intermunicipal será implementada”, diz a prefeitura. A primeira definição de rota deve ocorrer ainda em setembro deste ano.

Durante o período de estudos, a Codemar e o DNIT dividem os custos. Já a definição sobre o modelo de financiamento e a operação após a fase de testes dependerá dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental em andamento.

Como funciona o “Vermelhinho das Águas”?

Para viabilizar o transporte humano e de cargas, haverá dois modelos de embarcações. De acordo com a prefeitura, o de passageiros terá assentos para 20 pessoas e espaço para equipamentos de segurança. Por outro lado, a embarcação de cargas não terá bancos e contará com uma adaptação para acomodar cargas refrigeradas.

Para as embarcações de carga, o desafio inicial é distribuir, diariamente, cinco toneladas de frutos do mar, além de atender a outros setores que serão incorporados. Aliás, a definição da capacidade de transporte da embarcação ocorrerá a partir de estudos técnicos específicos.

Além disso, a prefeitura afirma que o sistema das lanchas será ecológico. Para isso, deve funcionar sem uso de combustíveis fósseis. Portanto, as lanchas serão movidas a baterias elétricas, com uso de energia solar.

“O motor é uma turbina que gera o impulso necessário sem revolver o fundo da lagoa, onde há organismos importantes para o ecossistema”, afirma a prefeitura.

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