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Veja quais são os cuidados com as baterias dos carros elétricos

Por: Redação Mobilidade . Há 3h

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Veja quais são os cuidados com as baterias dos carros elétricos

O componente mais caro do veículo com essa propulsão é seguro e passa por constante desenvolvimento para ganhar materiais mais eficientes

3 minutos, 50 segundos de leitura

22/11/2024

Alguns especialistas afirmam que a energia mantida entre 20% e 80% da capacidade total ajuda a preservar a bateria. Foto: Adobe Stock

As baterias dos carros elétricos merecem cuidados e atenção. O equipamento ainda é o componente mais caro de um veículo elétrico, representando cerca de 70% do custo de produção. Em compensação, ao contrário dos automóveis com motor a combustão, os cuidados que ela exige são mínimos.

“A palavra manutenção praticamente desaparece do vocabulário durante as revisões”, afirma Davi Bertoncello, diretor de relações institucionais e cofundador da Tupi Mobilidade, empresa de soluções para o ecossistema da eletromobilidade. “Esqueça as trocas de óleo e as manutenções frequentes.”

Isso não impede, porém, alguns cuidados com a bateria para prolongar ainda mais sua vida útil. Bertoncello conta que algumas montadoras recomendam descarregar totalmente a bateria e recarregá-la até 100% a cada seis meses para manter o sistema alinhado.

“Mas, atualmente, estamos falando de uma geração de baterias muito avançada, a ponto de superar facilmente a vida útil do carro – em torno de 500 mil ou até 1 milhão de quilômetros rodados. É uma revolução em termos de durabilidade, que significa liberdade para o motorista dirigir sem se preocupar com desgastes constantes”, destaca.

De toda forma, o usuário deve ter alguns cuidados ao dirigir um carro elétrico. Embora o conjunto da bateria seja protegido por um invólucro resistente e vedado contra penetração de água, é preciso impedir impactos severos, como batidas em guias, lombadas e outros obstáculos.

Leia também: Confira 4 ações que fortalecem o sistema de recarga para carros elétricos

Cuidados com as baterias de carro elétrico

Afinal, tubulações de sistemas de refrigeração líquida, chicotes e conectores elétricos são pontos críticos e o choque direto nessas áreas pode desligar as partes energizadas para evitar fuga de energia.

Também é prudente prestar atenção ao passar em áreas inundadas. Embora testes dos fabricantes comprovem que a estanqueidade dos sistemas elétricos é eficiente e segura atém mesmo em submersão completa, recomenda-se evitar essas situações, principalmente em faixas de rua à beira da praia.

Alguns especialistas afirmam que a energia mantida entre 20% e 80% da capacidade total ajuda a preservar a bateria. O componente é gerenciado por um sistema eletrônico programado, a fim de evitar limites extremos de carga e descarga.

Em geral, o sistema retém uma determinada quantidade de energia, impedindo que toda a carga seja utilizada. Se uma bateria tem, por exemplo, 55 kWh, será possível usar 52 kWh. A diferença permanece armazenada, protegendo as células de uma descarga completa.

O ciclo de vida da bateria – cuja garantia é geralmente de oito anos – não chega ao fim após a utilização veicular. Quando sua capacidade se esgota no automóvel, ela pode ser reaproveitada no fornecimento de energia de uma residência ou para ligar eletrodomésticos.

Segurança das baterias dos carros elétricos

 “Em relação à segurança, vale ressaltar que os veículos elétricos pegam fogo 60 vezes menos que os carros a combustão”, diz Bertoncello. “Ou seja, eles são mais eficientes e seguros e proporcionam experiência de condução superior”, completa.

Embora as baterias estejam em constante evolução, as empresas seguem nas pesquisas para torná-las mais eficientes. Um estudo da Siemens comparou estratégias diferentes de recarga e suas influências na vida útil das baterias durante um ano. As análises abrangeram recarga de referência, recarga just-in-time, recarga de oportunidade e vehicle-to-grid (V2G), situação em que o carro pode mandar a energia de volta para a rede elétrica.

Os resultados revelaram que a recarga de oportunidade – quando, por exemplo, o usuário deixa o carro recarregando no estacionamento de um shopping enquanto faz compras – causou maior perda de capacidade, enquanto a estratégia de referência foi a menos agressiva.

O estudo também comparou as químicas de baterias de lítio, como lítio-níquel-cobalto-alumínio (NCA) e lítio-ferro fosfato (LFP), para verificar o desgaste do componente. As baterias de lítio são as mais usadas pela indústria automotiva por uma série de fatores: são leves, ocupam menos espaço, dão mais autonomia, têm maior disponibilidade no mercado mundial e apresentam menor impacto ambiental.

O principal desafio no aperfeiçoamento da bateria, porém, é aumentar a densidade de energia para ampliar a autonomia, melhorar a segurança e reduzir custos. Dessa forma, as fabricantes buscam desenvolver químicas mais ricas e eficientes para deixar os veículos elétricos mais confiáveis.

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