A infraestrutura das vias pode influenciar na ocorrência de mortes no trânsito. Ou seja, a falta de planejamento e manutenção pode reduzir a segurança viária.
Assim, o conceito de insegurança viária parte do princípio de que a segurança das vias tem relação direta com planejamento e infraestrutura. Portanto, um trânsito mais seguro para todos vai além das ações dos motoristas.
Em suma, quando as cidades planejam as vias, modernizam as estruturas e fazem manutenções, contribuem para reduzir acidentes. Além disso, fiscalização, penalização de infrações e sistemas de controle de tráfego também estão entre os elementos que combatem a insegurança viária.
Aumentar a segurança nas vias de trânsito é uma demanda cada vez maior. Afinal, por ano, um milhão e 350 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em grande parte dos casos, a idade das vítimas varia de 5 a 29 anos.
Assim, aumentar a segurança viária ajuda a preservar vidas. Tanto de motoristas quanto de pedestres e ciclistas, que podem agir juntos e em consonância com os governos para reduzir as estatísticas.
Tanto projetos quanto condutas contribuem para a segurança viária nas estradas. Por exemplo, o Visão Zero é um programa que existe desde 1997 na Suécia e prioriza a vida humana em projetos de mobilidade.
Na prática, quem projeta as vias deve considerar aspectos para aumentar a segurança no trânsito. Assim, o desenho urbano em si já pode inclusive zerar as mortes no trânsito.
Com o Visão Zero, o número de mortes no trânsito na Suécia, que era de 7 a cada 100 mil habitantes, caiu pela metade. Assim, o projeto inspirou outros países.
Em Nova York, nos Estados Unidos, o redesenho de mais de mil intersecções em cinco distritos ajudou a reduzir o número de acidentes. Entre as medidas, estão também radares 24 horas, campanhas de conscientização sobre velocidade nas vias, dias sem carro e incentivo ao uso de bicicletas.
Por sua vez, no Brasil, Fortaleza é um dos exemplos de sucesso na redução de mortes no trânsito. A Prefeitura expandiu a malha cicloviária e aumentou campanhas de conscientização. Com isso, a cidade passou de 377 mortes no trânsito em 2014 para 158 casos em 2022.
Além de grandes projetos que contribuem para a segurança viária, existem medidas que, se adotadas no dia a dia, também reduzem a insegurança no trânsito. É o que aponta a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).
Segundo a associação, melhorias no desenho viário contribuem para reduzir acidentes. Por exemplo, divisores físicos nas separações de sentido das vias e lombadas podem evitar colisões e excesso de velocidade.
Na Suécia, cercas como separadores entre as rodovias auxiliaram a reduzir o número de mortes no trânsito. Portanto, é um exemplo a ser notado.
Por fim, o uso de semáforos e radares também contribui para a redução de velocidade dos veículos. Como resultado, há a redução no número de mortes no trânsito.